Alfred Nobel — o industrial sueco que inventou a dinamite em 1863 e ficou riquíssimo com o explosivo — Usou o artifício da criação de um prêmio para ludibriar a opinião pública e a imprensa da grande quantidade de mortes que eram causadas pela sua invenção e decidiu criar os prêmios Nobel. O prêmio, criado em 1901, reconhece o trabalho de especialistas em várias áreas do conhecimento (gente do porte de Marie Curie, Sartre, Einstein ganharam), e é considerado o mais importante do mundo da ciência. Apesar de ter um crescente reconhecimento na área da ciência, o Brasil nunca ganhou um prêmio Nobel. Carlos Chagas foi indicado, mas não levou o prêmio por questões políticas. Na época, o Brasil tinha pouca representatividade no comitê do prêmio, e outros médicos brasileiros rejeitaram as descobertas do sanitarista.
Mas todo ano surgem listas diversas com vários nomes e instituições que são pelo menos indicadas- ganhar é outra história.Pelo que parece ser indicado não é algo difícil como declara Geir Lundestad diretor do Instituto Nobel- "É fácil ser indicado, difícil é vencer o prêmio", ponderou Lundestad.
Esse ano o Instituto Nobel anunciou (10/3) que o Prêmio Nobel da Paz de 2010 conta com 237 indicados. A muito tempo essas indicações eram esperadas e surpreendiam pelo seu mérito. Atualmente estamos vendo todo ano lista e indicações cada vez mais grotescas- esse ano por exemplo a Internet foi indicada ao prêmio -.
Ainda que a motivação de Nobel quando criou o prêmio tenha sido um pouco canastrona a premiação passou a fazer parte da agenda mundial,abarcando vários setores da sociedade e alcançando um patamar político que legitimava até algumas biografias. Mas no geral ser indicado e ganhar o Nobel não era para qualquer um.No entanto,de uns anos para cá,temos assistidos estupefatos algumas indicações e prêmios à personalidades tão controversas que nos perguntamos qual o critério para a escolha- George W.Bush(promovedor da guerra no Iraque,admitiu publicamente que tomou a decisão baseado em informações não legítimas e checadas),Barack Obama(nem fez nada ainda para ser premiado).Porém, como o Nobel virou uma chancela política a gente entende. Afinal até Lula foi indicado.
A essa altura nossos leitores estão se perguntando- mas o que Lula mesmo fez para ser indicado ao Nobel da paz?-Caríssimos, ”Nosso Guia” não fez absolutamente nada. Afinal o Brasil não vive uma guerra civil ,não estamos em zonas de conflagração étnicos e nem temos conflitos internos que justifiquem um prêmio Nobel da paz. Ser indicado é mole como estamos descobrindo. Vejamos mais alguns casos inusitados.
A Banda Calypso ,-sim a de forró-, foi indicada ao Nobel da Paz, por causa dos seus trabalhos sociais no Pará. Ora pois, não se pode de forma alguma confundir caridade com processo de paz. São coisas distintas e confundí-las parece que faz parte do engodo que estão querendo nos empulhar pela goela.
Outro caso interessante é do eterno indicado pr.Manoel Ferreira da Assembléia de Deus, que todo santo ano é “indicado”. Diz-se que ele promoveu a paz em vários países. Se seu trabalho é tão importante por que que nunca ganha esse bendito prêmio então? Para ele tornou-se mais uma chancela, mais um certificado pendurado na parece para impressionar os leigos e encher linguiça. E pelo visto é o que temos visto em outros caso tipicamente eleitoreiros no Brasil. Por acaso algum dos senhores já perceberam que há alguns candidatos que ostentam essa digníssima indicação como se já fossem premiados e o usam como atestado de boa antecedência. Só aqui no Rio de Janeiro nós temos 3 candidatos que ostentam essa indicação em seus currículos, propaganda e discurso: Manoel Ferreira(era candidato ao Senado na chapa com Garotinho),dr.Walter Filho(candidato a dep.federal pelo PRB de Crivela) e Marcelo Siciliano(candidato a dep.estadual pelo PRTB).Alguém já ouviu falar nos grandes feitos desses homens? O que diferencia um grande homem é quando sua obra é maior que sua personalidade. A fama tem que ser maior que o homem e não o contrário. Senão não passa de propaganda barata,embusteira e medíocre.