quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sai a lista dos Prefeitinhos-Os Sub-Prefeitos da Era Paes.

O prefeito eleito Eduardo Paes decidiu reduzir o número de subprefeitos, de 18 para apenas 6. Os nomes dos futuros titulares das pastas foram anunciados nesta terça-feira, 30 de dezembro, na Fundação Getúlio Vargas, onde trabalha a equipe de transição do governo. Segundo Paes, a redução vai fortalecer politicamente e administrativamente os futuros subprefeito, que terão status de secretário municipal e representarão o prefeito nas diversas regiões da cidade. 
 
- Eu comecei minha vida pública como subprefeito, mas, com o passar dos anos, a função perdeu um pouco sua importância. Hoje não dá para o prefeito dialogar com mais de 20 secretários, 18 subprefeitos e outros tantos presidentes de empresas públicas. Isso acaba diluindo a capacidade do subprefeito falar em nome do prefeito. Eu decidi então reduzir o número de subprefeituras para fortalecê-las - disse Paes.
 
O prefeito eleito explicou que manterá as 33 regiões administrativa atuais, que terão seus administradores nomeados pelos subprefeitos. Isso, segundo Paes, evitará disputas políticas que acabavam prejudicando a população.
 
- O subprefeito e o administrador regional vinham disputando espaço. Em muitos casos, cada um era indicado por um político diferente. No Méier, por exemplo, você tinha o subprefeito do Grande Méier e o administrador regional do Grande Méier. Cada um puxando para um lado. Agora teremos o administrador regional da Zona Norte, que vai indicar o administrador regional e eles vão trabalhar em conjunto, somando. Ganha a população.
 
Eduardo Paes disse que escolheu para as subprefeituras pessoas que já trabalham com ele há alguns anos e que são de sua inteira confiança.
 
- São seis quadros políticos ligados a mim, com relação direta com o prefeito que vão ter essa capacidade de articulação na ponta, vão ter o poder político para fazer as coisas funcionarem, que devem ser cobrados pela população. Eles são os olhos e ouvidos do prefeito na ponta, para fazer com que as coisas funcionem, os secretários trabalhem e a cidade funcione.
 
Segue abaixo a relação dos novos subprefeitos:
 
TIAGO MOHAMED MONTEIRO (BARRA E JACAREPAGUÁ)
 

Casado e pai de um filho de dois anos, Tiago Mohamed Monteiro, 31 anos, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Veiga de Almeida e tem pós-graduação em Marketing pela Universidade Estácio de Sá. Trabalha como assessor de Eduardo Paes desde 2000. Entre 2001 e 2003, foi assessor da subprefeitura da Barra e Jacarepaguá.
 
MARCUS VINÍCIUS LIMA DA SILVA (CENTRO)

 
Aos 35 anos, Marcus Vinícius Lima da Silva é casado e pai de um filho de um ano e três meses. Atua como assessor de Eduardo Paes desde 1993, quando o prefeito eleito foi subprefeito da Barra e Jacarepaguá. Em 2003, foi administrador regional da Taquara por cerca de dois meses.  
 
BRUNO RAMOS (ZONA SUL)

 
Bruno Ramos, 30 anos, é bacharel em Direito formado pela Universidade Cândido Mendes. Casado e pai de uma filha de um ano e sete meses, trabalha como assessor de Eduardo Paes desde 2000. Em 2007 e 2008, foi assessor parlamentar do futuro secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, na Assembléia Legislativa.
 
EDIMAR TEIXEIRA (ZONA OESTE)
 
Casado, pai de uma filha de nove anos, Edimar Teixeira, 48 anos, foi coordenador regional da Secretaria Municipal de Assistência Social na região de Santa Cruz, de 2000 a 2001. De2002 a 2004, na administração estadual, foi diretor de promoção social da Fundação Leão XIII. Desde 2007, exercia a função de supervisor regional da Secretaria Estadual de Governo.
 
LUIZ GUSTAVO MARTINS TROTTA (GRANDE TIJUCA)
 

Pai de quatro filhos, Luiz Gustavo Martins Trotta, 48 anos, é formado em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Estácio de Sá. Foi sub-diretor de treinamento de pessoal da Assembléia Legislativa e assessor da coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social. Desde 2007, atuava como assessor da Diretoria de Apoio Operacional do Detran.
 
ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS (ZONA NORTE)

 
Aos 36 anos e pai de três filhos, André Luiz dos Santos é formado em Contabilidade pela UniverCidade. Foi coordenador regional da Secretaria Municipal de Assistência Social na região de Madureira. Foi administrador da Vila dos Idosos de Nova Sepetiba (abrigo mantido pela Fundação Leão XIII). Atualmente, atuava como supervisor regional da Secretaria Estadual de Governo. 

fonte:Portal SRZD

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um governante acusado de gastador.

ACUSADO DE OBRAS SUNTUÁRIAS! O PARTHENON, A MAIOR DELAS!

                 

É razoável a afirmação de que Péricles tenha sido o inspirador das construções que tomaram corpo em 450 a. C. na acrópole ateniense. O volumoso programa de edificações enriqueceu Atenas com o Parthenon e outros edifícios na Acrópole, além de ginásios e teatros em outras partes da pólis. Do ponto de vista interno, Péricles teria sido acusado pela oposição de esbanjador dos recursos públicos por utilizá-los com gastos suntuosos. Em contrapartida, a seu favor, Péricles alegou que sua política de obras garantia emprego aos carpinteiros, arquitetos, ceramistas, oleiros e a todos os artistas envolvidos. Segundo ele, todo recurso empregado teria retorno na forma de outras atividades. Fato foi que sua administração se tornaria lendária e grandes idéias floresceriam naquele período "de ouro" da civilização grega.

http://www.nea.uerj.br/arquivos/arquivos%20antigos/artigosonline/artigogabriel.html

O custo dos estádios.PrefeituraXGoverno Estadual

      

Segundo a coluna Ancelmo do Globo a reforma -REFORMA- do Maracanã custará 400 milhões de reais. A tempo: o Engenhão, subtraindo os custos da infraestrutura do entorno, custou 320 milhões de reais e a Cidade da Musica 518 milhões de reais.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Decifrando o código Cabral

O Código de Cabral

Lendo as colunas políticas, descubro que o governador Sérgio Cabral tem um código especial para se comunicar. Ele e a Primeira-Dama quando estão em algum evento público e querem se livrar de alguém incômodo dizem: “Querido(a) Alzira está chegando”. É o sinal para bater em retirada. 

A coluna de Jorge Bastos Moreno traz mais uma pérola. Segundo ele, Cabral criou uma senha com os seus secretários. Quando recebe algum político que vai fazer pedidos, se Cabral não pretende atendê-lo, vira-se para o secretário e apontando para o convidado diz: “Esse aqui é um craque”. O secretário já sabe que deve dizer sim, mas depois não é para fazer nada. 

fonte:blog do Garotinho

Mudanças na Nau de Cabral

Mudanças no secretariado de Cabral

Alguns prefeitos que terminaram seus mandatos estão sendo convidados pelo governador Sérgio Cabral para ocuparem cargos na reforma que fará no seu secretariado, logo no início do ano. 

Dois nomes já são dados como certos: Washington Reis, que está deixando a prefeitura de Caxias e Rubens Bomtempo, que está terminando o seu mandato a prefeitura de Petrópolis. 


Fonte:blog do Garotinho

Coisas do Brasil....senhores...coisas do Brasil...Vereador ser pago...só no Brasil

A praga dos vereadores

(17/11)

Pedro Rodrigues (PP), o vereador mais votado na última eleição em Patos de Minas, cidade a 400 quilômetros de Belo Horizonte, teve uma idéia que considerou genial: sortear com a população dois cargos de assessor parlamentar. Cada cargo vale um salário de R$ 1.850,00. Apenas um deles exige do seu eventual ocupante o segundo grau completo.

O sorteio foi marcado para o próximo dia 12 no plenário da Câmara Municipal. A iniciativa de Rodrigues repercutiu tão bem em Patos de Minas que ele decidiu sortear os cargos de suplentes dos dois assessores. “Não dizem que os políticos só empregam parentes e amigos? Comigo não tem isso”, esclareceu. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso.

Ex-secretário-geral do Ministério da Justiça no governo José Sarney, o jurista José Paulo Cavalcanti Filho garante que Rodrigues pode sortear os cargos, sim. E até deve ser elogiado por isso. O que ele acha errado é que Rodrigues ganhe salário e pague salário a quem o assessora. Exatos 181 países fazem parte da ONU. Em um só se paga salário a vereadores ou a pessoas que exercem funções equivalentes. Adivinhe...

A única invenção brasileira reconhecida em fóruns internacionais é a duplicata mercantil. Data da época em que Dom João VI transferiu para o Rio a sede do império português. Nem o avião é, apesar do proclamado pioneirismo de Santos Dumont. Pois a segunda invenção à espera de reconhecimento universal é o vereador pago. O vereador pago é como a jabuticaba, uma fruta genuinamente nacional.

Em raros dos outros 180 países, paga-se simbólica quantia aos conselheiros municipais. Eles se reúnem em local cedido pela administração do lugar. Oferecem lá suas idéias e vão para casa. No Brasil, até 1977, somente os vereadores de capitais recebiam salários. Para fazer média com os políticos depois de ter fechado o Congresso, o general-presidente Ernesto Geisel estendeu o benefício aos demais vereadores.

Nos 5.561 municípios havia um total de 60.267 vereadores até 2004. A Justiça Eleitoral passou a faca em mais de oito mil vagas. O Congresso ameaçou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição que fixava em 57.295 o número de vereadores. Recuou e o número ficou em 50.653. Poderia ser o dobro disso desde que pouco ou nada custassem aos nossos bolsos.

Sabe quanto eles custam? Algo como R$ 4,8 bilhões anuais. É de lei: 5% da receita do município servem para pagar os vereadores, seus assessores e as demais despesas de manutenção da Câmara Municipal. Você não acha que esse dinheiro seria mais bem empregado caso fosse destinado às áreas de educação e saúde, por exemplo? Afinal, a produção legislativa dos vereadores é irrisória e vagabunda.

Mas pense em propor acabar com a figura do vereador pago. Os deputados estaduais precisam dele para se eleger, assim como os federais precisam dos estaduais – e pelo mesmo motivo.


fonte:blog do Noblat

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Deputados anulam decisão do Senado

Câmara barra projeto de criação de mais vagas de vereadores


A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados impediu o aumento das vagas para vereadores em todo o país, que tinha sido aprovado pelo Senado na madrugada desta quinta-feira (18). A Câmara quer analisar novamente o texto aprovado nesta madrugada pelo Senado e não permitirá a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

A decisão foi tomada porque o Senado retirou da proposta um dispositivo que reduzia o repasse de recursos para as câmaras municipais. De acordo com o vice-presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), não será aceito o aumento do número de vereadores sem a redução dos gastos.

'O que a Câmara votou não foi aprovado pelo Senado. A Câmara vai votar de novo e nós aumentaríamos as vagas só para o próximo mandato', disse Inocêncio.

A aprovação da PEC no Senado foi feita na madrugada desta quinta-feira. Os senadores retiraram o dispositivo sobre o gasto, mas mantiveram o texto dos deputados no tocante ao aumento de 7.343 vagas para vereadores em todo o país. Como uma mesma parte do texto foi votada nas duas Casas, seria possível promulgar este trecho alterando a Constituição.

Como garantia de que o aumento no número de vereadores não representará mais gasto no Orçamento de 2009 da União, os senadores alegaram que se comprometeram votar, em fevereiro, emenda do senador Aloízio Mercadante (PT-SP) que mantém para o ano que vem o mesmo recurso orçamentário repassado às Câmaras Municipais em 2008.

Com a PEC, a Bahia ganharia setecentos e quinze novos vereadores. Em Salvador, seriam empossados dois novos vereadores, em Feira de Santana, quatro, e as câmaras de municipais de Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista e Juazeiro receberiam oito vagas cada uma.

(Com informações do G1)

Vai uma vaga de vereador aí?

Pois é senhores leitores,é isso mesmo...ainda não entenderam?Pois bem,explico...ou tento.

Nosso honroso Senado e suas excelências,na calada da noite,como convém,nesse casos absurdos.Aprovaram em unânimidade a recriação de quase 8 mil vagas de vereadores no Brasil todo.

contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que tinha determinado a extinção de cerca de oito mil vagas.

Os municípios com até 15 mil habitantes terão o mínimo de nove vereadores e os municípios com mais de oito milhões de habitantes terão o máximo de 55 vereadores.

Como se trata de uma emenda constitucional foram necessários dois turnos de votação no plenário. Como foi possível, se há prazos regimentais a serem cumpridos? O famoso "interstício" (intervalo necessário entre as votações) foi inteiramente atropelado por acordo de líderes.Explica nossa guru,Lucia Hippolito,cientista política e historiadora.

Oito sessões extraordinárias foram realizadas, para que fosse possível perpetrar, numa só noite, este desperdício de dinheiro público.

No primeiro turno, a emenda recebeu 54 votos a favor, cinco contra e uma abstenção. No segundo turno, obteve 58 a favor, cinco contra e uma abstenção.

Num momento onde águas abssais do terror financeiro nos espreita,onde o Estado Brasileiro deveria ser comedido nos gastos,dar o exemplo;vemos mais gastos sendo realizados e propostos.A quem se destina tal emenda?A troco de quê?Onde está a "oposição" que deveria ser a baia de reflexão nesses momentos?

Cabe a nós meros cidadãos coadjuvantes nessa ópera bufa,que será quem vai pagar essa conta,protestar.Expor nossa indignação.Aqui na cidade,ainda estamos buscando formas,de limar da vida pública os vereadores que são parte da máquina de mílicias,dos caça-níqueis e de qualquer outra máfia.Uma luta inglória.No entanto,com menos cadeiras,diminuimos as chances de uma horda de candidatos de qualidade duvidosa concorram e tenham mais chances.

Estamos diante de mais um retrocesso,senhores.É o Brasil...é só o Brasil.




Enquanto isso no Rio.Diplomação dos vereadores e Prefeito Eleito

O que o Política Rio,espera da nova legislatura e de seus vereadores,é trabalho e comprometimento com as necessidades do Rio.Temos a cidade mais linda do Brasil.Uma cidade complexa e rica em muitos aspectos e miserável em muitos outros.Sem a ação concentrada e compromissada do poder público e dos legisladores,não avançaremos tão cedo. A cidade do Rio de Janeiro é a vitrine do Brasil no mundo,qualquer coisa ou evento,tomam proporções imensas.Portanto,senhores vereadores e prefeito eleito.Estaremos aqui para cobrar e repercutir suas ações boas e más,sempre.

Quantos vereadores terá o Rio na próxima eleição.

Com base no aumento da população, se daria o aumento do número de vereadores. Aqui no estado do Rio seriam 359 novos vereadores no total dos 92 municípios. 

O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto já estragou a festa dos que sonhavam com a vaga. A mudança só poderá entrar em vigor nas próximas eleições municipais. 

Por enquanto os primeiros suplentes de cada município vão continuar suplentes. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PT insatisfeito com Cabral

Sem muito alarde o ex-ministro José Dirceu esteve esta semana no Rio, para tentar acalmar os "companheiros", que se queixam do tratamento dado pelo governador Sérgio Cabral. 

Alguns querem pular da nau de Cabral, outros já começaram a votar contra os projetos do governo na Assembléia Legislativa. A turma de Benedita não se conforma e diz que ex-senadora está sendo "fritada", não quer sair do governo, mas quer um tratamento mais "carinhoso". A turma de Vladimir Palmeira quer cair fora. 

A disputa por cargos na futura prefeitura de Eduardo Paes também acirrou os ânimos. 

Se a missão do "bombeiro" Zé Dirceu deu certo, na próxima semana teremos a resposta. A bancada estadual do PT vai ser recebida por Sérgio Cabral e a choradeira vai ser grande. 

Os "companheiros" alegam que Cabral tem tratamento vip do presidente Lula e dos ministros petistas, mas não retribui com a mesma moeda. 


 

Fonte:Blog do Garotinho

sábado, 13 de dezembro de 2008

Na contramão

No mínimo estranha, a situação que envolve a área de transportes do futuro prefeito Eduardo Paes. 

Seu escolhido para secretário de Transportes, Alexandre Sansão era até pouco tempo, coordenador do sistema de fiscalização eletrônica, responsável pelos radares e lombadas eletrônicas. 

No mês de julho, se ausentou do trabalho e sem conhecimento da chefia, viajou para o Peru, a convite do consórcio que opera os radares. Trata-se do mesmo consórcio que foi autorizado não se sabe por que, a aplicar multas na avenida Brasil, sem autorização publicada no Diário Oficial, o que resultou no cancelamento de 47 mil multas. 

Já a indicada para presidir a CET - Rio, subordinada a Sansão, é Claudia Secin, que segundo está hoje nos jornais teria viajado para Nova York sem autorização. 

Procurado pela imprensa, Eduardo Paes se recusou a falar sobre o assunto. 


 

Fonte:Blog do Garotinho

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

AI-5: UMA OUTRA VERSÃO!

1. A história do AI-5, que completa 40 anos dia 13 de dezembro, é contada como desdobramento da decisão da Câmara de Deputados de não permitir o julgamento do deputado Marcio Moreira Alves, garantindo sua imunidade parlamentar. Em seguida o presidente Costa e Silva convocou os ministros próprios para tomar a decisão.


 

2. Este Ex-Blog conversou com o Prefeito do Rio, que estava preso na época no DOPS de Minas Gerais, a respeito e obteve outra versão. Naquele dia 13, conta o Prefeito, os presos políticos no DOPS foram chamados a arrumar seus pertences e subir a ante-sala do delegado. Este leu o mandato de soltura dos mesmos. E em seguida leu o AI-5, o que tornava sem efeito o mandato e os mandou de volta para a cela.


 

3. Para o Prefeito, tudo leva a crer que o caso Marcio Moreira Alves foi um pretexto para uma decisão que estava madura para ser tomada. A matéria de domingo, da FSP com o ex-ministro-chefe da Casa Civil do Presidente Costa e Silva, Rondon Pacheco, confirma essa avaliação do Prefeito. O Prefeito lembra que o voto sendo secreto, parlamentares da própria base do governo poderiam ter votado contra o governo por recomendação deste.


 

4. Os presos no DOPS de BH estavam juntos no Congresso de Ibiuna, mas todos eram dirigentes de suas organizações políticas, que adotaram a luta armada. Já estavam presos, portanto há 2 meses. A leitura deste mandato de soltura sugere que o judiciário estivesse adotando o mesmo procedimento no caso de outros presos políticos, já que estes, naquela época, tinham destaque.


 

5. Segundo o relato de Rondon Pacheco à FSP, na reunião de ministros, a proposta do ministro da justiça, Gama e Silva, incluía o fechamento do Supremo. Ou seja, a intervenção seria na justiça também. A ditadura perderia o disfarce. O voto do ministro Aliomar Baleeiro, no STF, autorizando processar o deputado, é mostra disso e foi uma tentativa, ingênua, de salvar o judiciário.


 

6. A decisão final, e para isso basta ler o texto do AI 5, resumido pelo ESP no caderno especial de domingo, cumpriu com os mesmos objetivos ao restringir o direito ao habeas corpus, assim como a quaisquer recursos à justiça por parte dos presos políticos.


 

7. Com isso, o poder judiciário, em todas as suas instâncias, deixava de decidir no caso de presos políticos. Era como se houvessem dois judiciários. Um, o próprio governo federal, para os casos dos presos políticos, onde o judiciário deixou de ser um poder. E o outro, o judiciário, para todos os demais casos.


 

8. Na versão do Prefeito, o AI-5 foi baixado contra o judiciário, retirando dele qualquer poder de julgamento sobre os presos políticos. E isso deve ter ocorrido pelo fato de mandatos de soltura, habeas corpus, relaxamento de prisões, acesso de advogados ou familiares estarem começando a serem decididos pelo judiciário.


 

9. Mas como fazê-lo? E por quê? Nada mais adequado do que estabelecer uma ruptura provisória com o legislativo usando o caso do deputado como pretexto. Em seguida se excluía os presos políticos do alcance do judiciário e se reabria o Congresso, mantendo a mesma caricatura de democracia.


 

10. Na medida em que a repressão ganharia, a partir daquele momento, uma intensidade de violência muito maior, com depoimentos sob tortura e com confronto com as organizações armadas, haveria a necessidade de retirar tais atos do alcance do judiciário. Se o judiciário já começava a decidir em casos mais simples, como o exemplificado no início, ele não poderia funcionar. Mas fechá-lo seria de uma vez por todas tirar as máscaras do regime. A solução melhor foi o pretexto, e em seguida o AI-5, deixando o judiciário aberto, mas fora dos "crimes" políticos.


fonte:Ex-blog do César Maia

domingo, 30 de novembro de 2008

A briga de Paes com PT

 


O prefeito eleito Eduardo Paes passou a semana passada na Europa. Foi descansar e esfriar a cabeça depois da maratona eleitoral. Mas embarcou não escondendo de ninguém – nem da imprensa – o profundo descontentamento com a escolha do PT, para ocupar a secretaria de Desenvolvimento Econômico. Um psicólogo, Marcelo Costa, mestre em psicologia social, não é, devemos admitir, a melhor escolha para cuidar da atração de novos investimentos para a cidade. Mas isso são coisas do PT. 

Antes de partir para o giro europeu, Eduardo Paes deu o troco. Anunciou que criaria o cargo de assessor-econômico do prefeito, que definiu como "o vendedor do Rio", o homem escolhido para negociar com empresários e trazer negócios para o município. Justamente, tudo o que deveria ser função do futuro secretário Marcelo Costa. 

Aliás, já escrevi isso aqui, só não consigo entender, como Paes, sendo o "dono da caneta" aceitou a indicação petista ? Deixa a impressão de que foi obrigado a ceder a pressões. Parece que nesse caso, não teve a última palavra. Isso não é bom. 

Ontem, Paes anunciou sorridente, que o administrador de empresas Felipe de Faria Góes, de 35 anos, será o futuro assessor-chefe de Assuntos Econômicos, com status de secretário. Caberão também a ele as funções de presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico da cidade e do Instituto Pereira Passos. 

Resumindo não sobrou "pedra sobre pedra" para os petistas, na secretaria de Desenvolvimento Econômico, que segundo ouvi de um político com trânsito junto ao futuro prefeito, ficará relegada a tratar com camelôs e cuidar de projetos de economia informal. Paes está criando uma inovação na administração pública. Trata-se da secretaria com status de subsecretaria. 

Enquanto o futuro prefeito ria, os "companheiros" do PT fechavam a cara e começavam a chiar. Ainda mais porque ouviram falar, que no corte de 1.800 cargos comissionados que Paes pretende fazer para economizar, não vão sobrar muitas "boquinhas" na secretaria de Desenvolvimento Econômico. 

Dentro do próprio PT, há correntes que não aceitaram a indicação do psicólogo, escolha do deputado Gilberto Palmares, que está sendo acusado de responsável pela confusão. 

Dizem que "companheiros graúdos" de Brasília já foram convocados, para na próxima semana, virem ao Rio apagar o incêndio. Mas uma coisa é certa no momento a coisa está pegando fogo entre o PT e o prefeito Eduardo Paes. E olha que o governo ainda nem assumiu. 

fonte Blog do Garotinho

domingo, 23 de novembro de 2008

Roda da fortuna.Dinheiro fácil ou golpe?


Em janeiro de 1997, na Albânia, uma série de revoltas quase derrubou o governo do país. O motivo pode parecer simples, mas levou milhares de pessoas às ruas para reclamarem por seus direitos. Mais de 15% da população de 3,2 milhões (em 1997) aderiu a movimentações financeiras conhecidas como "esquemas em pirâmide" ou "correntes". Os cidadãos eram incentivados a investir o que ganhavam em fundos de investimento que prometiam lucros exorbitantes em pouco tempo. Os fundos que sustentavam os investimentos faliram, o dinheiro investido foi pelo ralo e os albaneses se rebelaram. 

No Rio de Janeiro, em 2008, esquemas menos complexos, mas com funcionamento semelhante ao que gerou transtornos na Albânia estão ganhando força em universidades. O modelo de corrente que está virando febre consiste em uma ação entre amigos. Uma pessoa inicia a jogada e convida dois amigos, que contribuem com um valor em dinheiro. Cada um deles chama mais duas pessoas, que dão a mesma quantia. A situação se repete, e cada novo convidado chama outros dois, sempre contribuindo com o valor combinado. Neste momento, o esquema está com quatro níveis e 15 pessoas estão participando, com oito na base da pirâmide. O dinheiro daqueles que estão no nível mais baixo é arrecadado por quem puxou a corrente. O ganhador sai do circuito, e a situação se repete sucessivamente, até que um participante não encontre mais ninguém disposto a entrar na roda. Se isso acontecer, o esquema quebra, e aqueles que estão participando ficam sem o dinheiro que investiram. 

Esse tipo de negociação é conhecido em vários países do mundo. Em Portugal, o artigo sétimo do decreto-lei número 57/2008, de março, proíbe os esquemas em que "o consumidor dá a sua própria contribuição em troca da possibilidade de receber uma contrapartida que decorra essencialmente da entrada de outros consumidores no sistema". No Brasil, não há regulamentação específica sobre o assunto. 

Nas universidades do Rio, o circuito ficou conhecido como "roda da fortuna" e virou mania entre os alunos. A possibilidade de conseguir dinheiro fácil e rápido atraiu estudantes, que entram com R$ 100 e esperam receber R$ 800 em três semanas. Um estudante de comunicação da PUC-Rio, que preferiu não se identificar, entrou no esquema depois do convite de um amigo. Ganhou R$ 800, e pretende continuar no circuito. 

"Vou viajar no fim do ano e estava precisando de dinheiro, por isso entrei na corrente", disse. 

Segundo a opinião dos especialistas ouvidos pelo SRZD, a formação das correntes pode ser considerada crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal. O Procurador Regional da República e professor de Direito Penal Rodolfo Tigre Maia, afirmou que, em sua opinião, a conduta caracteriza crime. 

"Quem inicia a corrente comete estelionato, porque ela obtém vantagem econômica em cima das outras pessoas e sabe que o esquema está fadado ao fracasso. Já está provado matematicamente que é impossível isso dar certo". 

Para Tigre Maia, é importante diferenciar aquelas pessoas que entram no circuito com boa fé, pensando apenas em ganhar, daquelas que iniciam o processo e sabem que o esquema vai fracassar. O advogado Daniel Martins compartilha da mesma opinião. Segundo ele, a experiência comprova que a pirâmide vai estourar alguma hora. 

"A pessoa obtém vantagem de alguém sem avisar que a pirâmide vai dar errado em algum momento, o que configura crime de estelionato."  

Os especialistas ressaltaram que apesar de o ato ser ilícito, é difícil caracterizar o estelionatário, já que na maioria dos casos não é possível saber ao certo quem iniciou o esquema. Segundo eles, o melhor remédio é evitar esse tipo de negociação, pois o prejuízo pode ser grande.

fonte:Portal Sidney Rezende

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pedágio antes das estradas?E pode?


Acreditem se quiserem. Estou reproduzindo a manchete do Globo na Internet para vocês verem com seus próprios olhos.

Numa decisão inédita, a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) publicou no Diário Oficial, autorização para as concessionárias cobrarem pedágio, antes mesmo de concluídas as obras estipuladas em contrato.

Agora é assim: levantou uma praça de pedágio, já pode começar a cobrar. Isso vale para sete estradas privatizadas, entre elas a BR – 101, no trecho entre a ponte Rio – Niterói e a divisa com o Espírito Santo. São 5 pedágios (Manilha, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Macaé e Campos).

Segundo a ANTT, “a medida visa evitar problemas futuros e deverá impactar menos no pedido de correção dos pedágios”. Se você quiser, também pode acreditar que cobrando antes, na época do reajuste, as concessionárias vão compensar a diferença na hora de pedir aumento do preço. Você também pode acreditar em Papai Noel etc, etc...

Saquarema pode ter novas eleições


 


Além de Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana, um terceiro município fluminense poderá ter novas eleições, pelo mesmo motivo. Nos dois primeiros casos, a impugnação de candidatos após a eleição fez com que os votos nulos superassem os votos dados aos candidatos que tiveram registro deferido.

Em Saquarema, a situação pode ter o mesmo desfecho. O candidato mais votado foi ex-prefeito Dalton Borges que concorreu com a esposa do deputado estadual Paulo Melo, Franciane Melo.

Ontem o TSE manteve o indeferimento do registro de Dalton Borges, que ainda pode recorrer. Caso perca o recurso seu votos serão anulados e aí a soma de nulos ultrapassará os votos válidos.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um interessante post de um blog parceiro-Circo de janeiro

O Pequeno Ditador

Os leitores do JB e do Globo estão tendo a privilegiada oportunidade de ler um perfil clínico psicológico do candidato eleito na forma de entrevistas que ele deu para os dois jornais, além de megalomaníaco e ególatra ele demonstra uma coisa muito pior, uma tendência marcante ao autoritarismo como forma de governo, se cercando de assessores e criando em torno de si uma muralha impenetrável, para que quem veja de fora não enxergue uma pessoa pequena, um eterno barnabé de repartição pública que não consegue olhar além da plaqueta com seu cargo em cima da mesa.

Meus comentários sobre cada parte do diálogo estarão em itálico para não serem confundidos (se é que é possível) com as decalrações do candidato eleito.

O Globo (30/10/08)

O GLOBO:O senhor foi eleito com três discursos: saúde, união com os governos federal e estadual e ordem urbana. O secretário de Saúde já foi nomeado, e o senhor se encontrou com o presidente Lula. Mas qual é a área da cidade que será prioridade na questão da ordem urbana?

Eduardo Paes: Toda a cidade. Se você for acompanhar meus primeiros dois anos como subprefeito, eu acho que não ergui nada, só derrubei. Foram dois anos de muita ação. Era uma coisa que precisava na Barra: choque de ordem. É um pouco a situação em que se encontra toda a cidade hoje. Então, vamos agir. Claro que há áreas da cidade que se impactam mais com essa desordem. A Tijuca é uma área que é mal cuidada, e a desordem faz com que você tenha ali pico de violência maior que a média da cidade. Vamos trabalhar integrados com a Secretaria de Segurança. A área do pequeno delito é propícia para o grande. Quem se iludiu achando que eu estava falando de desordem por falar para os mais pobres se equivocou. Os que não votaram e os que votaram (em mim) também pensando nisso. Quero fazer com que a prefeitura preste serviço de qualidade para os mais pobres. Agora não acho que os mais pobres estejam vinculados à desordem. Quem achou que eu estava fazendo discurso demagógico para os mais pobres, nessa coisa da permissividade com ilegalidade, se iludiu.

Não, imagina, mais demagógico impossível, suas ações demolidoras na Barra, poderiam ser chamadas de terra arrasada, porque onde ele passou o trator subiram shoppings e condomínios onde deveriam ter sido mantidas as áreas desocupadas como forma de preservação ambiental, suas ações na Barra beneficiaram as construtoras, que devem agradecer regiamente aos serviços prestados de remoção de favelas para construção civil.


O GLOBO:A ordem pública será a marca da sua gestão?

Paes: Vai ser uma das marcas, certamente.

Sei, outra frase demagógica, quer ordem pública, beleza, sobe o morro pra botar ordem na favela, vai nos restaurantes grã-finos do Leblon onde ele diz que costuma ir, pra tirar as mesas da calçada... contra outra.

O GLOBO:O senhor viu a primeira página do GLOBO com as suas promessas, no dia seguinte à eleição? Pretende cumprir todas as promessas de campanha?

Paes: Sem dúvida. As promessas que assumi, sim. Eu nunca disse que só nomearia servidores. Quando fui secretário de Meio Ambiente, 95% dos cargos foram ocupados por servidores públicos. Acho que é o ideal. Mas em nenhum momento neguei a política. Quem fez isso foi o Gabeira. Ele que dizia isso. Eu quero privilegiar os servidores públicos, mas quero ter a oportunidade de ter secretários políticos. Até porque cheguei onde cheguei ocupando funções assim. Acho que a política bem feita, de maneira adequada, ela é possível. Pega a lista (das promessas, publicada pelo GLOBO, diz a um assessor) lá. Eu assumo todos os compromissos que assumi e falei durante a campanha, e vou cumprir. Eu vou colocar preso na minha parede (promessas publicadas pelo GLOBO). Claro que obstáculos terão que ser enfrentados. Vamos licitar as linhas de ônibus. Aí o Poder Judiciário dá uma liminar, a gente supera, cassa a liminar. Estou falando de problemas que podemos ter, mas vamos enfrentar.

Isso de longe é a parte mais contraditória do seu discurso, até agora ele só nomeou dois amigos, um médico de passado não muito abonador e um tecnocrata do governo Maia, isso é muito pouco

O GLOBO:O senhor vai ter indicações dos partidos aliados para cargos...

Paes: A escolha do meu secretariado é minha, de mais ninguém. Posso conversar, ouvir opiniões, sugestões, mas a escolha é minha. Agora, eu pretendo governar com um arco de alianças. Pretendo conversar com o PT, o PSB, o PCdoB. Há áreas que acho que devem ser essencialmente técnicas, não devem ter políticos: Fazenda, Saúde, Educação, são áreas em que botar político não é bom.

Olha o totalitarismo aí gente! A frase "posso conversar mas eu decido" quer dizer que se a idéia for boa ele é que decidiu se era boa, se a passoa for boa ele que decide que é boa, não há consenso, não há discussão, é o discurso da primeira pessoa marcando uma personalidade em busca de auto-afirmação.

O GLOBO:O senhor tem um técnico na Saúde, tem dito que na Fazenda e na Educação vão ser técnicos, e Obras. Seriam só essas ou vai ter mais alguma? Administração? Transporte?

Paes: Não sei. Às vezes até no Transporte você precisa de alguma mais articulada do que técnica por causa dos desafios ali. No transporte, penso num nome mais... Eu adoraria um Eduardo Paes para ser secretário de Transportes, que minha modéstia não me deixe errar.

Modéstia desse rapaz, mas uma característica do egocentrismo de quem se acha mais do que é, quer acumular os cargos, ou sabe que a secretaria de transporte é uma das jóias da coroa e que a difícil negociação da licitação das novas linhas pode ser "amaciada" com uma boa conversa aqui, uma ajuda de campanha ali.
O cara pensa pequeno mesmo, é prefeito, mas queria ser secretário de transporte pra entrar na mamata.


O GLOBO:Urbanismo?

Paes: Técnico. Ali não tem como.

Urbanismo tem a ver com ordem urbana, quer dizer, retirar favelas, arrumar as ruas, podar árvores, consertar calçadas fazer aquilo que é mais aparente para a população e o que ela primeiro reclama, é o secretário que tem que trabalhar mais na prefeitura, e pelo visto nenhum amigo dele quis pegar essa rabuda, nem o Crivella quis, ou queria e foi desautorizado pelo pequeno ditador.


O GLOBO:Então seriam essas: Saúde, Administração, Obras, Urbanismo e Fazenda?

Paes: É. No transporte, o cara tem que ter capacidade de articulação, lidar com empresários de ônibus. A implantação do bilhete único prevê articulação, vai ter que lidar com transporte alternativo, com taxista. Ali pode ser que eu prefira um com perfil, que cerque de técnicos.

De novo a fixação pelo transporte, ele quer colocar ali alguém que não dê um pio sem antes passar para ele tudo o que está acontecendo, o problema é achar alguém que entenda de sistema de transportes e sirva de capacho para ele.

O GLOBO:A impressão é que o governador Sérgio Cabral teve uma influência nas suas escolhas na primeira semana...

Paes: Tem certas inseguranças que eu não tenho na vida. Vou trabalhar muito com o governador. Mas, pela minha personalidade, que não é das mais frágeis, está claro que eu não sou um sujeito tutelável, e nem o Sérgio tem esta vontade de tutelar. Agora, que você vai ter um compromisso meu que o secretário de Saúde se dê bem com o do estado, não tenha dúvida que isso vai funcionar. Se tiver de brigar, se tranca numa sala. O primeiro secretário meu que brigar publicamente com secretário estadual ou ministro vai ser demitido.

Nossa, como ele revelou sua fragilidade aí, o cara passou 16 anos debaixo da asa do César Maia, tutelado por ele recebendo ordens dele, era tão dependente de ordens que se cercou de um grupo de pessoas, e que estão com ele hoje, que não deixava ninguém falar com ele, só recebia ordens de cima, se tornou tão inacessível que os moradores da Barra o odeiam, tanto é que ele tomou duas surras seguidas nas urnas na Barra e Recreio, quem o conhece não confia.
E outra coisa, o ego, de novo abriu a fresta por onde se enxerga uma pessoa insegura, quem é não fica falando, "eu sou isso, eu sou aquilo", suas atitudes falam por si, mas como disse antes, quem passou a vida toda servindo de capacho não chega nunca a tapete persa.

O GLOBO:Na implantação do bilhete único, as empresas de ônibus não terão mesmo subsídio?

Paes: O bilhete único sem subsídio foi uma coisa que manifestei como desejo e que acabou sendo tratada como certeza. Se isso acontecer, as empresas vão ter de enfrentar isso. Mas há coisas que não dá para garantir agora. Alguém aqui conhece as planilhas de custo das empresas? Eu ainda não tenho acesso às planilhas para saber detalhes do cálculo da tarifa. Se o custo para o usuário ficar muito alto, será uma coisa que teremos que decidir. A idéia seria manter a tarifa do ônibus a R$ 2,10, mas pode aumentar um pouco com a integração dos modais. Mas eu me comprometo: a planilha será pública.

Ahn, deixe-me ver, eu já li isso antes, "compromissos são diferentes de idéias", quem falou foi o ex-chefe dele, o Maia.
Não sou surdo nem louco, daqui a pouco no Youtube a gravação dele dizendo que o bilhete único não teria subsídio estará rodando pela internet, o Gabeira foi incisivo, perguntou diretamente, e mais de uma vez nos debates, se o bilhete único teria subsídio, e ele repetiu enfaticamente que não.
A passagem de ônibus do Rio de Janeiro é uma das mais caras do país, as empresas de ônibus ganham bastante para colocar carros velhos e capengas nas ruas, dirigidos por motoristas cansados, mal treinados e muitas vezes obrigados a fazer também o papel de trocador.
Como disse antes, ele trata a questão de transportes com mais interesse que a própria prefeitura, é o complexo de capacho que eu falei antes.

AGORA, A MATÉRIA DO JB:

Paes anuncia R$ 200 milhões para o Rio ainda este ano

Marcelo Migliaccio, Rodrigo de Almeida,Tales Faria , Jornal do Brasil

RIO - Na ante-sala do escritório no que fica 13º andar do prédio da Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio, surge o prefeito eleito Eduardo Paes bem disposto, mas visivelmente mais magro depois da maratona eleitoral. Em cerca de 50 minutos de conversa, revela que já conseguiu, ainda este ano, R$ 200 milhões para obras no complexo da Penha, na linha 4 do metrô (Zona Sul–Barra) e na Via Light, fora as parcerias para a revitalização da Zona Portuária.

Com humor, saboreia a vitória sobre Fernando Gabeira, diz que gosta do Posto 9 – mas ia à praia no 10 – e confessa que ainda não dormiu direito desde a vitória no segundo turno. As xícaras de café e o refrigerante zero em sua mesa confirmam que o ritmo de trabalho continua frenético. Mas agora o desafio é outro: transformar as palavras da campanha em realidade, apesar da crise econômica internacional e de outros obstáculos que, ele mesmo admite, podem surgir até 2012.

A seguir, a entrevista exclusiva do prefeito eleito ao Jornal do Brasil.

Pela reação de alguns, parece que Fernando Gabeira venceu a eleição.

Gabeira venceu a eleição, para o povo, para as urnas ficou o registro do esbulho eleitoral praticado pela gangue do PMDB.

Paes: Eu não queria estar no lugar dele. Prefiro estar derrotado onde estou. Para vencer a eleição é preciso um voto a mais que o adversário. O que vier além disso é lucro. Estou com 54.999 lucros. Essa visão de que ele saiu ganhando é de setores importantes da sociedade que o apoiaram. A eleição acabou, mas há um monte de viúva chorando. São pessoas que respeito. Adorava o Caetano Veloso e continuo adorando. Morri de inveja ao ver o Caetano cantando no programa do Gabeira. Torço para que algum dia ele cante para mim. Não precisa ser numa campanha, mas para a prefeitura... Acho a Fernanda Torres uma excepcional atriz. Esses artistas fizeram sua opção. Mas numa democracia o voto das pessoas conhecidas vale tanto quando o das mais humildes. Agora é olhar para a frente. Quero governar para todos os cariocas.

Discurso de Odorico, voto não é dinheiro, ainda mais voto obtido de maneira irregular, mas como ele não vai acusar o golpe sempre vai dizer que ganhou a eleição em cima desses 54 mil votos sabe-se lá Deus obtidos em que condições.

Como pretende sinalizar isso para os eleitores?

Não sou de ficar emitindo sinais para setores da sociedade que não votaram em mim, como fazer um programa de subsídio ao teatro ou aos cantores do Rio. O que desejo é ser um bom prefeito. Para isso, já estou trabalhando desde segunda-feira, sempre acordando cedo. Quando a prefeitura funciona, é para todos. Claro que há quem sofra mais com a má qualidade dos serviços porque depende do poder público para tudo. Mas todos nós sentimos a ausência do prefeito Cesar Maia. As pessoas estão carentes de prefeito. A comunicação dele com a sociedade é feita por e-mail. Quando ele responde por e-mail, não dá para saber se está com a cara triste, com a cara alegre, com a sobrancelha levantada... Coisas de gente, de ser humano.


Essa parte mostra o discurso desconexo "não aceno para os que não votaram em mim", como é? Vai ignorar um milhão e seiscentos mil eleitores de classe média e alta que pagam a maior parte dos impostos da cidade? Está maluco? Tá querendo tomar um boicote de IPTU pelo meio da cara como o Maia tomou quando tentou reajustar a tarifa?


Não é uma prova de que o instituto da reeleição não dá muito certo?

Existem casos em que a reeleição funcionou. O mandato atual do presidente Lula é muito melhor do que o primeiro. Já o segundo do presidente Fernando Henrique foi pior. Não há uma regra para isso.

Quais serão, de fato, suas maiores prioridades quando assumir a prefeitura?

A primeira prioridade é a questão da saúde, que é onde as pessoas mais sofrem. Já estamos tratando disso, o secretário Hans Dohmann está designado e trabalhando. Outra meta da qual já comecei a tratar esta semana é romper o isolamento político do Rio. E o terceiro ponto que eu gostaria de deixar marcado é o de ser o prefeito do feijão-com-arroz, o síndico, aquele que cuida do cotidiano da cidade, da conservação, da troca da lâmpada, da grama aparada na praça, da limpeza das ruas.

Discurso repetitivo unido ao complexo de capacho, além de copiar o discurso do Gabeira, antes ele discursava dizendo que queria ser apenas síndico do Rio, vai ver o modelo dele de síndico é aquele em que o cara entra, pega todo o caixa pra reformar a fachada do prédio mas não manda limpar a caixa dágua nem consertar o elevador, dois meses depois está andando de carro zero e a mulher foi fazer uma lipo.

O segundo secretário anunciado, Rodrigo Bethlem, é o da ordem pública...

Ele vem conduzindo um trabalho importante com as operações Copabacana, Ipabacana e Barrabacana. É uma pessoa respeitada e com disposição para enfrentar esse tema, que é complicado na cidade. Vamos atuar com a Guarda Municipal, a área de licenciamento de atividade econômica, de controle urbano. Ele talvez vá ser o secretário com maior interação com as outras secretarias. Por ser uma questão de postura e atitude, podemos dar uma resposta imediata nessa área. Não é algo que exija recursos, licitações.

Betlhen é um velho conhecido dos cariocas desde que foi um dos primeiro Cesar Boys a ganhar notoriedade, combatendo o esgoto in natura derramado na Lagoa Rodrigo de Freitas, o mesmo esgoto que cai diariamente até hoje na Lagoa e nenhum prefeitinho, prefeito, governador, nem mesmo o Papa consegue resolver.
Fazer operações "bacanas" na zona sul é mole, quero ver uma Inhaúmabacana, Ricardo de AlbuquerqueBacana, JacaréBacana, ou será que ação da prefeitura nesses locais é só de quatro em quatro anos em época de eleição?

Como a ação social vai complementar esse trabalho?

A rua não é um lugar para se morar, não pode ser alternativa aos problemas sociais. Precisamos ter uma política social efetiva. Vamos buscar a família da criança que está na rua e ver do que ela precisa. Vamos dar tratamento adequado aos que têm problema com drogas. O que não pode, é em plena Rua da Alfândega com Rio Branco, no Centro, haver pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas com a maior naturalidade.

Não entendi. Ele fala como se o problema não fosse dele, a prefeitura tinha um trabalho social com a Fundação Leão XIII que foi interrompido, a impressão que se tem é que ele vai instalar abrigos banheiros, de dia as pessoas fazem as necessidades ali, de noite a população de rua se abriga dentro deles.

O senhor pretende investir nessa estrutura de amparo social?

Não há, por exemplo, um centro de tratamento municipal para dependência química...

Não há. Existe até uma Secretaria de Prevenção à Dependência Química, mas não tem recursos, nem políticas desenvolvidas. O secretário é até um homem de bem, o coronel Duran, mas não dispõe de recursos.

Secretaria essa que ele pretende extinguir, dizer que não tem recursos é uma hipocrisia, porque para esse tipo de trabalho social poder-se-ia captar parcerias privadas, mas pelo visto combate às drogas não é com ele

O senhor esteve em Brasília e foi ao Congresso saber como estão os projetos para o Rio. A que conclusão chegou?

Essa visita marca uma nova era, de interação dos três níveis de governo aqui no Rio. Já conseguimos com a bancada fluminense que alguns recursos do orçamento deste ano fossem disponibilizados para fazermos o complexo da Penha, a Via Light e a linha 4 do metrô. Algo em torno de R$ 200 milhões. O que pedimos ao Lula foram recursos referentes a emendas da bancada deste ano, que ainda não tinham sido disponibilizados. Mas o grande pedido que fiz a ele foi o investimento no Porto do Rio, que já será uma intervenção urbana fantástica na cidade. A prefeitura entra com concessões de uso, o governo federal e o Estado, com algumas áreas e o dinheiro da iniciativa privada. É um grande negócio que tem tudo para dar certo numa área importante da cidade.

É brincadeira, o cara vai a Brasília para conseguir dinheiro para o governo do Estado!
Todo esse dinheiro que está vindo é carimbado e é responsabilidade do Cabral, mas o pior está por vir, ele quer demolir extensos quarteirões históricos da região portuária do Rio de Janeiro, para criar algo megalomaníaco igual o Maia fez com a Cidade da Música.

Está certo que a região sofre de abandono, mas o que ele pretende fazer é um grande ponha-se na rua sem nenhum motivo, porque ele não pega o dinheiro para melhorar o terminal de passageiros do Porto e a Rodoviária?


Sua campanha foi muito objetiva, com detalhamento do que pretende fazer na prefeitura. A crise econômica internacional, que ficou mais aguda já perto do segundo turno, pode inviabilizar algumas das metas definidas na campanha?

É preciso ficar claro que não vou resolver todos os problemas no primeiro dia, tenho quatro anos pela frente. O que posso dizer para a população é que não descansarei um só instante até que eu consiga viabilizar aquelas melhorias de que a cidade precisa. É claro que haverá obstáculos, que algumas coisas não conseguirei fazer.

Não vai resolver nem no primeiro nem no último dia, o maior erro dele foi ignorar que a situação econômica era grave, ele não é Cesar Maia, que apesar de todos os seus erros, é reconhecidamente um economista brilhante, porque conseguiu com todas as obras superfaturadas, manter o caixa da prefeitura pagando regularmente os servidores, já o candidato eleito, coitado, é um bacharel de direito que precisa urgentemente de um bom economista senão não dou um ano de governo para ele colocar a cidade na bancarrota.

Que obstáculos o senhor acha que vai enfrentar?

Os mais variados, medidas judiciais, liminares, falta de recursos...

E o povo, senhor candidato eleito, não se esqueça do povo que vai cobrar cada uma das 83 promessas de campanha se o senhoir for diplomado dia 1º de janeiro, afinal se o senhor não sinaliza para os que não votam no senhor, os que votam sinalizam muito bem, inclusive os que votaram no senhor.

A Câmara de Vereadores pode ser um desses obstáculos?

Se eu não souber lidar com a Câmara, pode. Nesta semana, repeti o que já havia feito no início da campanha: fui lá e mostrei o meu respeito pela Casa. Pedi, inclusive, que os vereadores não deliberem sobre nenhuma iniciativa do atual prefeito que demande gastos no ano que vem, porque ele mandou uma solicitação de aumento para servidores. (Paes não contém um longo bocejo e pede café a um assessor). Ainda não consegui dormir direito desde a campanha.

Ele foi na verdade interferir nos trabalhos legislativos que não lhe dizem respeito, entrou na Câmara com os candidatos eleitos e reeleitos, muitos deles correndo o risco de perder os mandatos por conta de processos na justiça, o que ele foi fazer lá foi uma espécie de intimidação. Inclusive ele deixou a reunião no meio frustrando uma coletiva que seria dada no final.

Não baixou a adrenalina?

Pelo contrário, aumentou, ainda mais agora que tenho a responsabilidade nas mãos.

Ahn, sem muitos comentários, adrenalina quer dizer nervosismo, nervosismo quer dizer não sabe o que vai fazer, não saber o que vai fazer quer dizer que o cara está no lugar errado na hora errada.

Quando vai tirar uma folga?

Deve haver um evento relacionado à candidatura Rio 2016 em Istambul, em meados deste mês. Vou ver se pego uma semana para viajar com a minha mulher e dar uma arejada.

Até lá ele já estará fora da prefeitura, espero. Vai como convidado do COB, isso se for aceito de volta como Secretário de Esportes do Cabral.

Em análise do seu ex-blog, o prefeito Cesar Maia achou que as fotos do encontro, publicadas nos jornais no dia seguinte, não traduziram o clima amistoso da reunião de vocês dois. O senhor concorda com a declaração dele?

É verdade. Foi uma reunião natural, civilizada, serena. O prefeito foi muito gentil comigo e eu com ele. Sabemos dividir essas coisas, não fico raivoso, guardando mágoa e acredito que ele também não fique. Disponibilizou as informações para uma transição em alto nível. Seria a pior coisa do mundo não termos acesso a todas as informações. Acabou a eleição, agora há um quase ex-prefeito e um prefeito eleito, ambos com maturidade para lidar com as situações.

Até onde sei o Maia não ia dar na cara dele em público, porque ele criou o ovo da serpente, de todos aqueles jovens ambiciosos que se cercaram dele há vinte anos um deles seria mais agressivo e ardiloso, venceu o mais forte, lei da selva.

E o encontro com o presidente Lula, como foi?

Ele disse que estava muito feliz, que sabia que a disputa aqui iria ser difícil. O presidente foi muito gentil na maneira como me apoiou. Soube superar as nossas divergências do passado, que foram públicas e notórias. Não pedi desculpas, porque estava ali numa posição de deputado, fiscalizando o Poder Executivo, exercendo meu papel. Tivemos uma conversa madura, expusemos nossas opiniões, por isso ressalto a grandeza dele. Foi diferente em relação à atitude que tive com a dona Marisa, uma mãe, porque eu tinha exagerado nas ofensas pessoais ao filho dela. A ela, pedi desculpas no plano pessoal, não político. No calor das refregas políticas, a gente passa do tom, exagera um pouco, ultrapassa os limites.

Sim, afinal de contas, tudo pela permanência no poder, negociar com um canhão apontado para a testa não dá muitas margens de manobra, o PMDB hoje é a principal bengala para o governo Lula se manter à tona.
Por isso, engolir os palavrões proferidos contra seu filho na tribuna do Congresso é um preço pequeno a pagar pela governabilidade.

Desde a campanha ficou claro que o seu secretariado seria composto por quadros tanto técnicos quanto políticos. Como espera fazer essa combinação?

Sou político e jamais disse que não colocaria política no meu governo. Nunca deixei de dialogar com os políticos. As alianças foram partidárias. Ninguém desconhece minhas alianças, diferentemente do que ocorreu com outras candidaturas. Existem áreas que quero respaldar tecnicamente, como saúde, educação, urbanismo, obras, Fazenda, Procuradoria. Outras vamos compor com quadros políticos qualificados.

O problema é achar esses quadros, estou observando uma demora em se anunciar os cargos, ou é porque ele não acreditava que ia ganhar ou então porque muitas pessoas consultadas estão esperando a diplomação do candidato eleito para aceitar a indicação, senão vai pagar um mico de fazer parte de um governo que não existe, como agora.


Como estão sendo as conversas com os partidos? Com o PT, por exemplo?

Quero conversar ainda com os presidentes municipal e regional do partido. Quero muito que o PT participe do governo. E vou conversar pessoalmente.

O PT até agora só tem dado com a cara na porta, a úncia pessoa que parece que conseguiu alguma coisa foi a Benedita, mas ela tem profundas ligações com o PMDB (vice do Garotinho, lembram?), mas parece que ela está disputando com Jurema Batista (cansada mas não desiste da guerra) uma secretaria.

E com o deputado Jorge Picciani (presidente da Assembléia Legislativa do Rio e membro do PMDB)?

Ele tem sido exemplar. Conversamos duas vezes nesta semana, e ele não pediu nada.

Ele não precisa pedir nada, ele controla tudo dentro da Alerj, é o braço direito do Cabral, e agora a prefeitura é um anexo da sala dele.

Há informações de que ele estaria conversando com o PT em seu nome...

Não. Quem apadrinhou a aliança com o PT foi o governador Cabral. Picciani é um aliado importante.

Aí é que o discurso não encaixa, quem está sentado em cima das nomeações é o Picciani o PT já reclamou disso, e pelo visto o Paes não resolve nada, no final das contas quem controla é ele e acabou, tenho até minhas dúvidas se o Cabral também não é comandado por ele.

O senhor já foi do PV. O secretário de Meio Ambiente será ligado ao Partido Verde?

Não. O PV não se elegeu, mas tenho boa relação com a vereadora Aspásia Camargo, com o Alfredo Sirkis também. Espero que ele não tenha ficado chateado por eu ter dito que ele participou dos três governos do Cesar Maia. O outro vereador eleito (Paulo Messina), não conheço, mas tanto a Aspásia quanto o Sirkis são pessoas de elevado espírito público, com grande disposição para ajudar a cidade.

Imagina, já deve ter ligado colocando o PV à disposição para uma indicação para uma secretaria, afinal de contas foram anos e anos dentro da prefeitura dando licença irregular para obras e fechando os olhos para os crimes ambientais na cidade, ele tem um legado para administrar.


E a Andrea Gouvêa Vieira (vereadora reeleita pelo PSDB), o senhor convidou?

Não, não. Adoro a Andrea, é minha amiga, um quadro político qualificado, mas, em princípio, não. Ela deve estar numa posição de oposição formal. Tenho certeza que o que for positivo para a cidade ela vai aprovar. Há pessoas muito próximas a mim no PSDB, que votaram em mim, mas não saíram pela rua fazendo campanha.

A vereadora Andréia Gouveia tem um episódio nebuloso a respeito da concessão do RioCentro, na qual dois advogados de seu escritório formaram uma empresa fantasma para ganhar a licitação do centro de convenções em nome de uma empresa francesa, no final das contas até o governo federal teve que intervir porque metade do Riocentro pertence à Embratur, até hoje não sei o que ficou decidido.

Quem tem sido seu principal interlocutor nesta fase?

O governador é muito constante. Existe uma parceria muito forte. Não me preocupa que digam que estou sendo tutelado. Primeiro que o Sérgio não tem o menor saco para tutelar ninguém, nem tenho vocação para ser tutelado. São dois políticos que se entendem em perfeita harmonia, que são amigos e se admiram. Às vezes eu até peço sugestões de nomes, mas ele não me dá nenhuma. Ele diz claramente que, mesmo no governo dele, odeia nomear. Eu também acho isso a pior coisa do mundo.

O Governador não tem saco? Ah sim, se não gosta de assumir responsabilidades pelo Estado com a segunda maior arrecadação de impostos do país então nem deveria ter se candidatado, às vezes tenho a tenebrosa impressão que o Paes é o marionete do marionete, agora a pergunta é, quem manipula os fios?

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Quando o PMDB decidiu compor com o PT, que já tinha anunciado Alessandro Molon como candidato, sua campanha já estava na rua. O senhor tinha certeza de que voltaria a concorrer?

Eu? Tinha certeza de que não voltaria. Foi uma circunstância, uma mudança de situação. Os astros convergiram favoravelmente. Mas naquele momento difícil, minha relação com o governador Sérgio Cabral só se fortaleceu. Soubemos superar a adversidade, permanecemos juntos, eu trabalhando como secretário dele. Tentaram fazer intrigas de todos os jeitos, mas eu sabia que aquilo era duro para mim e também para ele. Porque nós acreditávamos que eu poderia ganhar a eleição e por isso foi mais duro ainda. Uma coisa é você ser impedido de disputar uma eleição em que não teria chance. Outra é ficar fora quando poderia vencer.

É, no momento que o Cabral percebeu que ganharia mais com um candidato próprio sacou o Paes da Secretaria de Esportes e através de um Diário Oficial fajuto forjou sua saída em tempo hábil para registrar a a candidatura, dando uma rasteira no PT, depois quando precisou foi lá obrigar o Presidente da República a dar apoio à candidatura da farsa.

A que o senhor atribui sua vitória na eleição?

A ter tido mais votos do que o Fernando Gabeira na Zona Oeste e na Zona Norte, o que compensou a derrota na Zona Sul, onde as pessoas vão muito pela moda. Você perguntava por que o Gabeira e muitos não tinham uma resposta objetiva... "por que é a onda..." Nada do que foi será do jeito que já foi um dia (canta a música de Lulu Santos usada por Gabeira). Você supõe que as pessoas daquela região seriam mais reflexivas, mas elas vão no embalo. Minha sorte é que não tenho nenhum desvio de conduta, senão teria sido crucificado em praça pública. Me chamaram de tudo, menos de desonesto e incompetente.


Vejamos, por partes:
Primeiro ele perdeu em toda a zona norte até Madureira, ele perdeu feio, perdeu em toda a zona sul e parte da oeste, os percentuais foram bem apertados na parte mais longínqua da cidade, mas nunca cairam abaixo de 30%. O que provocou a pequena margem de vitória dele foi a baixa abstenção nesses bairros mais afastados, que ficou na faixa de 17% contra 30% nos bairros de faixa de renda e densidade demográfica mais altas, isso ajudado é claro pela mãozinha da máquina estatal que antecipou o feriado do funcionalismo público para segunda feira depois da eleição, mas isso está sendo analisado pelo TRE, para quem quiser ver a verdadeira contagem de votos, tem essa tabela nesse link aqui:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbfm2NzqkDvJG9_0iQFQI9Af1VJeu7tD3aXn4x2yIyRLN-JQEp_CtH0RaQkA4DXuVUGN5xViuviij5Bi3CbMChdk2oSzf3zhIx0Y3QJ2mvxky5kzcZJohlikDHRGNOLiwTKOnL3hhBos5E/s1600-h/eleicaorjhs7.jpg


Segundo: Gabeira não foi uma onda, seu discurso é para ocultar o que foi a forma mais perigosa de fazer política (para os políticos tradicionais é claro) que se já se fez em uma campanha, o povo reconheceu no candidato do PV uma saída para o buraco sem fim onde políticos tradicionais clientelistas e fisiologistas como o candidato eleito tinham nos metido.
O medo que os políticos tradicionais como ele, que vivem de vender e comprar apoios políticos e fazer alianças até com pessoas pouco recomendáveis (vide os milicianos candidatos a vereador que estavam na sua festa da vitória), é que esse tipo de fazer política prevaleça arrasando com seus projetos de poder.
O discurso de Gabeira era difícil de ser entendido pelas pessoas mais humildes e é claro que isso foi usado contra ele, os folhetos apócrifos e a espionagem dentro do partido (depois das declarações que ele deu está na cara que sabotaram a campanha do Gabeira de dentro do PV) deram conta do resto.
Mas mesmo assim ele perdeu de pouco, frustrando muito mais pessoas do que as comemoraram a vitória do candidato eleito.

Terceiro: O candidato eleito tem memória curta, ele tem um processo de improbidade administrativa que está correndo na justiça, uma bela duma ficha suja, e a ele se juntam os onze processos abertos no TRE sobre crimes eleitorais cometidos nessa eleição.

Quanto a ser desonesto e incompetente realmente não temos ainda subsídios para denominá-lo assim, ainda, se ele se mantiver no cargo acho que teremos muitas oportunidades para usar esses termos para nos dirigir a pessoa dele e dos seus secretários.



O senhor é da Zona Sul?

Nasci na Casa de Saúde São José, no Humaitá. Morei no Jardim Botânico. Estudei no Colégio Santo Agostinho, no Leblon. Me formei em direito pela PUC, na Gávea. Com 16 anos fui morar em São Conrado, onde meus pais vivem até hoje. Quando virei subprefeito é que fui morar na Barra.

Alou suburbanos que caíram no conto do vigário, satisfeitos por serem usados como massa de manobra? Espero que estejam felizes porque só daqui a 4 anos é que verão a cara do sujeito de novo na sua área, o cara é tão covarde que nem colocou a cara dele nos outodoors que espalhou na cidade para eles não servirem para a prática de tiro ao alvo.

O senhor já freqüentou a Praia de Ipanema no Posto 9?

Quando era garoto, minha mãe me levava no Posto 10. Mas acho o Posto 9 ótimo. Você está perguntando se eu... (risos). Meu lugar de tomar chope é no Jobi ou no Bar 20. Já tomei muito café da manhã na padaria Lisboa. Madrugada na Pizzaria Guanabara. Esse fenômeno de Zona Sul foi uma coisa do segundo turno. No primeiro, teve muito voto útil. O bom é que o povo mais humilde da cidade compensou do outro lado.

Posto 9 para quem não sabe é o ponto da praia de Ipanema onde se reúne a fauna underground do bairro, a turma da erva, os gays, o point do barulho, ele caiu na armadilha e tarde demais tentou consertar.
Mas o pior do discurso dele foi continuar a manter a cidade partida, considerando os votos dos humildes (que a turma dele adora explorar) mais importantes que os da Zona Sul, fazendo a sutil manipulação de egos dos pobres para trazê-los para seu lado.


Por falar em outro lado, quais as áreas mais castigadas pela ausência de prefeito?

Zona Oeste, Barros Filho, Costa Barros, que têm o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade, Acari, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Jardim América, Parque Colúmbia, Fazenda Botafogo. É algo assustador. É preciso conhecer essas áreas, saber dos problemas.

Essa coisa de IDH ele pegou nos anuários do IBGE, há tempos que a prefeitura abandonou essas áreas por conta da violência, é o miolo da cidade, margeando a Avenida Brasil, uma área totalmente devastada pela miséria.

Quais são eles?

Tudo. É necessário resgatar os serviços públicos, investir em urbanização, políticas de qualificação profissional, coleta de lixo, iluminação das ruas. Vamos tratar essas áreas degradadas com muita atenção.

Essas regiões estão tão degradadas que deveriam ser consideradas prioridade, mas como ele fala as coisas de forma genérica é capaz de aqui a algum tempo só se lembrar mesmo da questão do índice de IDH.

O prefeito Cesar Maia se disse outro dia preocupado com o atraso nas obras da Cidade da Música. A inauguração pode ficar para o senhor...

Não, a placa eu vou deixar ele inaugurar.

Toma que o filho é teu, antigamente enchia a boca pra dizer que ele tinha sido o autor da idéia agora renega a sua criação.

O custo mensal será mesmo de cerca de R$ 1 milhão?

Acho que é mais. Com a experiência que tive gerindo o Maracanã, há despesas com pessoal, contrato de limpeza, de jardinagem, de segurança, conta de água, conta de luz. Pelos meus cálculos, chega perto de R$ 2 milhões por mês. Vamos tentar fazer a concessão, trabalhar com a parceria privada. Não seria algo que eu faria, mas foi feita e agora compete a nós fazer com que um equipamento em que a cidade colocou quase R$ 600 milhões funcione.

Ah, agora sabemos de onde vem sua "experiência administrativa".
Na subprefeitura da Barra ele só fez botar coisas abaixo para abrir caminho para as construtoras, não administrou nada.
Na secretaria de meio ambiente permitiu que os condomínios crescessem e jogassem seu esgoto nos canais da Barra, depois culpou as favelas e não fez mais nada.

Já no Maracanã ele aprendeu alguma coisa como administrar uma estrutura, então está explicado porque uma de suas promessas era trazer 12 grandes eventos pro ano pra cidade, ele vai administrá-la como uma cidade-espetáculo, mas peraí, o Maia já não fazia isso?

Já há parceria em vista?

Ainda não. Tive algumas conversas ainda no primeiro turno, vamos ver... Aliás, não é para fazer média, mas eu queria dizer aqui que o Jornal do Brasil fez, de longe, a melhor cobertura da eleição. Desde o início, o jornal abriu um espaço enorme, elogiou e criticou todos os candidatos. Foi imparcial.

Nesse ponto parece que ele resolveu acabar com a entrevista abruptamente, ainda faltavam algumas perguntas tais como a participação dele na criação da Cidade da Música, sobre o superfaturamento das obras do Pan e a preparação da cidade para Rio 2016, a prostituição.


A impressão que eu tive dessas duas reportagens é que ele ainda está tentando fazer sua imagem se fixar como a de um grande administrador, coisa que ele não tem estofo nem tempo de vida para ser, aliás como ele, o Governador Cabral sofre do mesmo mal, a precocidade política, eles pensam que o quanto antes chegarem ao poder mais tempo poderão governar, ledo engano, um político jovem, arrogante e ambicioso é um prato cheio para cair nas próprias armadilhas que ele vai deixando pelo caminho, os discursos oportunistas, as alianças escusas, os projetos engavetados, isso fica na memória das pessoas, e isso o eleitorado não perdoa

post fonte:www.circodejaneiro.blogspot.com

Uma nova indústria de multas vem chegando


O Futuro Secretário da Ordem Pública,não pára de lançar "factoides".A nova é que a GM,irá multar em R$50,00,quem jogar papel na rua.Seria realmente bom,que as pessoas fossem mais zelosas pela limpeza e não jogassem papel na rua.
Mas esperar que um código de conduta,policialesco,se estabeleça via multa,só irá criar mais uma indústria e mais um forma de criar dificuldades para vender facilidades ali na frente.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Justiça bloqueia bens de Álvaro Lins

Giampaolo Braga - Extra

RIO - A 15 Vara de Fazenda Pública determinou o seqüestro de bens do ex-deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins, preso desde agosto em Bangu 8. A decisão atende ao pedido de liminar de uma ação civil pública movida pelos promotores Anabelle Macedo Silva, Gláucia Santana e Rogério Pacheco, da Promotoria de Defesa da Cidadania. O processo corre em segredo de Justiça. Outro alvo da ação, o inspetor Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho, o Marinho - tesoureiro da campanha de Lins para deputado - também teve bens seqüestrados. Marinho também está em Bangu 8.

Segundo a decisão da juíza Alessandra Cristina Tufvesson, os bens adquiridos por Lins seriam incompatíveis com sua renda: "Entendo que a evolução patrimonial descrita na inicial justifica deferimento do requerimento liminar", afirma ela, referindo-se ao pedido de seqüestro. O MP tinha como objetivo impedir que os bens de Lins fossem vendidos:

Em outro trecho da decisão, a juíza mostra-se surpresa com a compra de um apartamento em Copacabana: "Impressionam, sobretudo, os indícios de que o Sr. Álvaro Lins teria falseado a aquisição do imóvel situado na Rua 5 de Julho".

O apartamento é citado no relatório do Ministério Público Federal sobre a Operação Segurança Pública S.A.. De acordo com o relatório, o apartamento foi adquirido por Lins, em 2005, por declarados R$ 590 mil. No entanto, o imóvel - que foi colocado em nome da avó da mulher do ex-deputado, Sissy Bullos - teria sido adquirido por R$ 950 mil.

Outros bens citados são: um apartamento no Grajaú, que Lins teria comprado à vista por R$ 107 mil, em 2001, e colocado em nome de sua mãe; um Toyota Fielder blindado, que custou R$ 114 mil, e uma Pajero TR4, blindada, comprada por R$ 121 mil.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A participação do PT na prefeitura do Rio


O prefeito eleito Eduardo Paes deu ao PT duas secretarias, com certeza, para agradar o presidente Lula, já que os votos que a legenda conseguiu na cidade do Rio de Janeiro só elegeram 3 vereadores e o candidato Molon teve menos de 5% dos votos válidos.

Surpresa mesmo, foi Eduardo Paes afirmar que os escolhidos pelo PT levaram em consideração o critério técnico.

Ora, o futuro secretário de Desenvolvimento Econômico indicado pelo deputado estadual Gilberto Palmares é o psicólogo Marcelo Costa, mestre em psicologia social.

Sou obrigado a concordar com um amigo meu, que diz, que por conta do tamanho da crise mundial, para lidar com os empresários no próximo ano, só um psicólogo, com um divã e muita disposição para ouvir queixas e lamúrias.


 

Fonte blog do Garotinho

Benedita perde dinheiro por falta de projeto


É triste ver que a secretaria estadual de Assistência Social se transformou em uma estrutura inoperante do governo do Estado. 

A situação chegou a tal ponto, que o ministro Edson Santos, amigo e “companheiro” de partido não teve outra alternativa a não ser oferecer a verba à prefeitura, porque Benedita passado quase um ano, não apresentou um único projeto para o uso da verba de R$ 1,7 milhão. 

No governo se fala que a na equipe de Bené tem gente demais para resultados de menos. São 5 subsecretários e 16 superintendentes só na estrutura direta, fora FIA e outros órgãos.

 

fonte do Blog do Garotinho

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eduardo Paes escolhe mais secretários.

Na manhã desta quarta-feira (12)  na Fundação Getúlio Vargas o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou mais um nome para compor sua equipe de governo. O engenheiro Sérgio Moreira Dias, autor do projeto Rio Orla e do plano para a  Vila do Pan, foi escolhido para ocupar a Secretaria de Urbanismo. Quando Paes ocupou a Secretaria municipal de Meio Ambiente, durante a gestão do atual prefeito, Cesar Maia, Dias participou do desenvolvimento do projeto Eco Orla.

O futuro secretário afirmou que a revitalização da Zona Portuária será uma das prioridades de sua gestão. Ele ressaltou que já existem vários projetos com esse objetivo, mas que nunca saíram do papel. 

"Temos condições de, a partir da revitalização da Zona Portuária, revitalizar também o Centro do Rio, que está em decadência. Existem exemplos fabulosos no mundo inteiro de transformações na Zona Portuária", disse Dias. 

Dias se posicionou favoravelmente às Apacs, pois, segundo ele, são instrumentos de preservação cultural e de controle do crescimento dos bairros. O futuro secretário fez uma analogia, e comparou a Zona Sul a uma sala de espetáculos em que a lotação já se encontra esgotada.

Outros secretários escolhidos
Na terça-feira (11), Eduardo Paes anunciou os nomes dos petistas Jorge Bittar, para a Secretaria de de Habitação, e Marcelo Costa, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.


 

Fonte Portal Sidney Rezende

O futuro criativo das indústrias Criativas do Rio De Janeiro e Estado

Sistema FIRJAN debate o futuro da Indústria Criativa

O Sistema FIRJAN comemorou a Semana da Indústria no dia 27 com uma série de eventos em apoio à expansão da Indústria Criativa. Personalidades nacionais e internacionais do setor, entre eles o consultor britânico Philip Dodd, debateram o tema durante o Fórum Rio Criativo. Em consenso, concluíram que o Rio de Janeiro precisa trabalhar mais o potencial que possui em relação a esse novo setor, que desperta atenção em todas as partes do mundo.

Estudo ainda inédito no Brasil, o Relatório "A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil" (arquivo PDF - 887 Kb), lançado ontem, mostra que o Estado do Rio de Janeiro lidera o setor no país.

O reconhecimento da importância de determinadas atividades com conteúdo intelectual, artístico e cultural que agregam valor a bens e serviços se deu no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, documento do Sistema FIRJAN que destacou a Indústria Criativa entre os segmentos âncora da economia fluminense. O Relatório é o ponto de partida para o Sistema FIRJAN exercer o papel de articulador entre os diversos elos da cadeia produtiva da Indústria Criativa.

Os vencedores dos concursos Curta Criativo e Desafio Criativo, destinados a alunos universitários de Comunicação Social; e das áreas de ambientes projetados e design de produto, respectivamente, foram anunciados e receberam prêmios no valor total de R$ 100 mil.

Também foi aberta ao público a Mostra Rio Criativo, no Museu de Belas Artes (MBA), que exporá, num espaço de 500 metros quadrados, até o dia 26 de junho, objetos de arte e produtos de grandes empresas numa retrospectiva que sintetiza conhecimento e criatividade, bases para o crescimento futuro.

A visão internacional

O consultor britânico de indústrias criativas Philip Dodd abriu o Fórum Rio Criativo com números impressionantes: a cultura gera um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 5 trilhões ao ano no mundo; 30% de todos os graduandos do Reino Unido estão indo trabalhar na Indústria Criativa; e a participação desse setor no PIB britânico já chega a 7,3%.

Para que o Estado do Rio também aproveite esse desenvolvimento, Dodd aconselhou competição em escala global e a procurar uma marca. "Vocês já têm uma vantagem muito grande, porque o Carnaval com certeza está entre a meia dúzia de eventos conhecidos mundialmente".

O consultor defende que o governo desempenhe um papel de facilitador e que não tente legislar sobre a economia criativa. "No momento em que se edita uma lei, o mundo já se moveu e ela não serve mais", afirmou. O papel das autoridades, segundo ele, é dar uma educação criativa às crianças, proteger a propriedade intelectual, ajudar a desenvolver pólos por atividade e se abrir à importação de talentos, sejam do próprio país ou estrangeiros.

"Se eu mandasse no Rio por um dia, juntaria dez pequenos negócios criativos e inovadores, mais filmes e músicas que representam a cidade, e faria um evento em cada grande cidade do mundo. Faria também um dia de portas abertas em todas as Indústrias Criativas, porque a população pode conhecer e se interessar em trabalhar nesse mercado".

Philip Dodd destacou o baixo custo de se desenvolver esse tipo de atividade. "Não é necessário capital para esse negócio. Um computador e alguns contatos bastam. Aluguel baixo também ajuda muito, o que tem um efeito regenerador. Quando os pequenos negócios criativos elegem uma área decadente da cidade, ela rapidamente se recupera", disse.

A ÁRVORE GENEALÓGICA POLÍTICA DE BRIZOLA NA PREFEITURA DO RIO!

1. Brizola, eleito governador, nomeia os prefeitos Jamil Hadad em 1983 e Marcello Alencar entre 1984 e 85. Era na época prerrogativa dos governadores. No retorno da eleição direta, Brizola lança e consegue eleger o senador do PDT, Saturnino Braga, prefeito do Rio em 1985.

             

2. Saturnino rompe com Brizola em 1988 e na eleição desse ano Brizola lança Marcello Alencar que vence a eleição. Após cumprir o mandato, Marcello Alencar rompe com Brizola.

             

3. Em 1991, o ex-secretário de fazenda de Brizola e deputado federal do PDT, Cesar Maia, é excluído pela bancada federal e tem que sair do partido. Candidato em 1992, vence a eleição para prefeito do Rio.

              

4. Não havendo na época reeleição, Cesar Maia lança seu secretário de urbanismo, Luiz Paulo Conde e vence a eleição. Em 1999, Conde rompe com Cesar Maia e tenta a reeleição, mas é derrotado exatamente pelo seu criador.

             

5. Cesar Maia, como prefeito, lança uma geração de jovens na política, especialmente nas subprefeituras e consegue eleger praticamente todos como vereadores. Entre eles Eduardo Paes, eleito depois duas vezes deputado federal com apoio de Cesar Maia. Esse, logo após a eleição de 2002, em que se candidatou na condição de secretário de meio ambiente de Cesar Maia, rompe com seu criador.

             

6. Finalmente, neste ano de 2008, Paes é eleito prefeito do Rio.

             

7. No topo da árvore genealógica política, Leonel Brizola, que desde 1983, diretamente ou através de seus secretários, vem elegendo os prefeitos do Rio, mesmo que eventualmente no momento da eleição não estivessem mais no partido de seus criadores.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sai a lista dos Prefeitinhos-Os Sub-Prefeitos da Era Paes.

O prefeito eleito Eduardo Paes decidiu reduzir o número de subprefeitos, de 18 para apenas 6. Os nomes dos futuros titulares das pastas foram anunciados nesta terça-feira, 30 de dezembro, na Fundação Getúlio Vargas, onde trabalha a equipe de transição do governo. Segundo Paes, a redução vai fortalecer politicamente e administrativamente os futuros subprefeito, que terão status de secretário municipal e representarão o prefeito nas diversas regiões da cidade. 
 
- Eu comecei minha vida pública como subprefeito, mas, com o passar dos anos, a função perdeu um pouco sua importância. Hoje não dá para o prefeito dialogar com mais de 20 secretários, 18 subprefeitos e outros tantos presidentes de empresas públicas. Isso acaba diluindo a capacidade do subprefeito falar em nome do prefeito. Eu decidi então reduzir o número de subprefeituras para fortalecê-las - disse Paes.
 
O prefeito eleito explicou que manterá as 33 regiões administrativa atuais, que terão seus administradores nomeados pelos subprefeitos. Isso, segundo Paes, evitará disputas políticas que acabavam prejudicando a população.
 
- O subprefeito e o administrador regional vinham disputando espaço. Em muitos casos, cada um era indicado por um político diferente. No Méier, por exemplo, você tinha o subprefeito do Grande Méier e o administrador regional do Grande Méier. Cada um puxando para um lado. Agora teremos o administrador regional da Zona Norte, que vai indicar o administrador regional e eles vão trabalhar em conjunto, somando. Ganha a população.
 
Eduardo Paes disse que escolheu para as subprefeituras pessoas que já trabalham com ele há alguns anos e que são de sua inteira confiança.
 
- São seis quadros políticos ligados a mim, com relação direta com o prefeito que vão ter essa capacidade de articulação na ponta, vão ter o poder político para fazer as coisas funcionarem, que devem ser cobrados pela população. Eles são os olhos e ouvidos do prefeito na ponta, para fazer com que as coisas funcionem, os secretários trabalhem e a cidade funcione.
 
Segue abaixo a relação dos novos subprefeitos:
 
TIAGO MOHAMED MONTEIRO (BARRA E JACAREPAGUÁ)
 

Casado e pai de um filho de dois anos, Tiago Mohamed Monteiro, 31 anos, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Veiga de Almeida e tem pós-graduação em Marketing pela Universidade Estácio de Sá. Trabalha como assessor de Eduardo Paes desde 2000. Entre 2001 e 2003, foi assessor da subprefeitura da Barra e Jacarepaguá.
 
MARCUS VINÍCIUS LIMA DA SILVA (CENTRO)

 
Aos 35 anos, Marcus Vinícius Lima da Silva é casado e pai de um filho de um ano e três meses. Atua como assessor de Eduardo Paes desde 1993, quando o prefeito eleito foi subprefeito da Barra e Jacarepaguá. Em 2003, foi administrador regional da Taquara por cerca de dois meses.  
 
BRUNO RAMOS (ZONA SUL)

 
Bruno Ramos, 30 anos, é bacharel em Direito formado pela Universidade Cândido Mendes. Casado e pai de uma filha de um ano e sete meses, trabalha como assessor de Eduardo Paes desde 2000. Em 2007 e 2008, foi assessor parlamentar do futuro secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, na Assembléia Legislativa.
 
EDIMAR TEIXEIRA (ZONA OESTE)
 
Casado, pai de uma filha de nove anos, Edimar Teixeira, 48 anos, foi coordenador regional da Secretaria Municipal de Assistência Social na região de Santa Cruz, de 2000 a 2001. De2002 a 2004, na administração estadual, foi diretor de promoção social da Fundação Leão XIII. Desde 2007, exercia a função de supervisor regional da Secretaria Estadual de Governo.
 
LUIZ GUSTAVO MARTINS TROTTA (GRANDE TIJUCA)
 

Pai de quatro filhos, Luiz Gustavo Martins Trotta, 48 anos, é formado em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Estácio de Sá. Foi sub-diretor de treinamento de pessoal da Assembléia Legislativa e assessor da coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social. Desde 2007, atuava como assessor da Diretoria de Apoio Operacional do Detran.
 
ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS (ZONA NORTE)

 
Aos 36 anos e pai de três filhos, André Luiz dos Santos é formado em Contabilidade pela UniverCidade. Foi coordenador regional da Secretaria Municipal de Assistência Social na região de Madureira. Foi administrador da Vila dos Idosos de Nova Sepetiba (abrigo mantido pela Fundação Leão XIII). Atualmente, atuava como supervisor regional da Secretaria Estadual de Governo. 

fonte:Portal SRZD

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um governante acusado de gastador.

ACUSADO DE OBRAS SUNTUÁRIAS! O PARTHENON, A MAIOR DELAS!

                 

É razoável a afirmação de que Péricles tenha sido o inspirador das construções que tomaram corpo em 450 a. C. na acrópole ateniense. O volumoso programa de edificações enriqueceu Atenas com o Parthenon e outros edifícios na Acrópole, além de ginásios e teatros em outras partes da pólis. Do ponto de vista interno, Péricles teria sido acusado pela oposição de esbanjador dos recursos públicos por utilizá-los com gastos suntuosos. Em contrapartida, a seu favor, Péricles alegou que sua política de obras garantia emprego aos carpinteiros, arquitetos, ceramistas, oleiros e a todos os artistas envolvidos. Segundo ele, todo recurso empregado teria retorno na forma de outras atividades. Fato foi que sua administração se tornaria lendária e grandes idéias floresceriam naquele período "de ouro" da civilização grega.

http://www.nea.uerj.br/arquivos/arquivos%20antigos/artigosonline/artigogabriel.html

O custo dos estádios.PrefeituraXGoverno Estadual

      

Segundo a coluna Ancelmo do Globo a reforma -REFORMA- do Maracanã custará 400 milhões de reais. A tempo: o Engenhão, subtraindo os custos da infraestrutura do entorno, custou 320 milhões de reais e a Cidade da Musica 518 milhões de reais.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Decifrando o código Cabral

O Código de Cabral

Lendo as colunas políticas, descubro que o governador Sérgio Cabral tem um código especial para se comunicar. Ele e a Primeira-Dama quando estão em algum evento público e querem se livrar de alguém incômodo dizem: “Querido(a) Alzira está chegando”. É o sinal para bater em retirada. 

A coluna de Jorge Bastos Moreno traz mais uma pérola. Segundo ele, Cabral criou uma senha com os seus secretários. Quando recebe algum político que vai fazer pedidos, se Cabral não pretende atendê-lo, vira-se para o secretário e apontando para o convidado diz: “Esse aqui é um craque”. O secretário já sabe que deve dizer sim, mas depois não é para fazer nada. 

fonte:blog do Garotinho

Mudanças na Nau de Cabral

Mudanças no secretariado de Cabral

Alguns prefeitos que terminaram seus mandatos estão sendo convidados pelo governador Sérgio Cabral para ocuparem cargos na reforma que fará no seu secretariado, logo no início do ano. 

Dois nomes já são dados como certos: Washington Reis, que está deixando a prefeitura de Caxias e Rubens Bomtempo, que está terminando o seu mandato a prefeitura de Petrópolis. 


Fonte:blog do Garotinho

Coisas do Brasil....senhores...coisas do Brasil...Vereador ser pago...só no Brasil

A praga dos vereadores

(17/11)

Pedro Rodrigues (PP), o vereador mais votado na última eleição em Patos de Minas, cidade a 400 quilômetros de Belo Horizonte, teve uma idéia que considerou genial: sortear com a população dois cargos de assessor parlamentar. Cada cargo vale um salário de R$ 1.850,00. Apenas um deles exige do seu eventual ocupante o segundo grau completo.

O sorteio foi marcado para o próximo dia 12 no plenário da Câmara Municipal. A iniciativa de Rodrigues repercutiu tão bem em Patos de Minas que ele decidiu sortear os cargos de suplentes dos dois assessores. “Não dizem que os políticos só empregam parentes e amigos? Comigo não tem isso”, esclareceu. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso.

Ex-secretário-geral do Ministério da Justiça no governo José Sarney, o jurista José Paulo Cavalcanti Filho garante que Rodrigues pode sortear os cargos, sim. E até deve ser elogiado por isso. O que ele acha errado é que Rodrigues ganhe salário e pague salário a quem o assessora. Exatos 181 países fazem parte da ONU. Em um só se paga salário a vereadores ou a pessoas que exercem funções equivalentes. Adivinhe...

A única invenção brasileira reconhecida em fóruns internacionais é a duplicata mercantil. Data da época em que Dom João VI transferiu para o Rio a sede do império português. Nem o avião é, apesar do proclamado pioneirismo de Santos Dumont. Pois a segunda invenção à espera de reconhecimento universal é o vereador pago. O vereador pago é como a jabuticaba, uma fruta genuinamente nacional.

Em raros dos outros 180 países, paga-se simbólica quantia aos conselheiros municipais. Eles se reúnem em local cedido pela administração do lugar. Oferecem lá suas idéias e vão para casa. No Brasil, até 1977, somente os vereadores de capitais recebiam salários. Para fazer média com os políticos depois de ter fechado o Congresso, o general-presidente Ernesto Geisel estendeu o benefício aos demais vereadores.

Nos 5.561 municípios havia um total de 60.267 vereadores até 2004. A Justiça Eleitoral passou a faca em mais de oito mil vagas. O Congresso ameaçou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição que fixava em 57.295 o número de vereadores. Recuou e o número ficou em 50.653. Poderia ser o dobro disso desde que pouco ou nada custassem aos nossos bolsos.

Sabe quanto eles custam? Algo como R$ 4,8 bilhões anuais. É de lei: 5% da receita do município servem para pagar os vereadores, seus assessores e as demais despesas de manutenção da Câmara Municipal. Você não acha que esse dinheiro seria mais bem empregado caso fosse destinado às áreas de educação e saúde, por exemplo? Afinal, a produção legislativa dos vereadores é irrisória e vagabunda.

Mas pense em propor acabar com a figura do vereador pago. Os deputados estaduais precisam dele para se eleger, assim como os federais precisam dos estaduais – e pelo mesmo motivo.


fonte:blog do Noblat

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Deputados anulam decisão do Senado

Câmara barra projeto de criação de mais vagas de vereadores


A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados impediu o aumento das vagas para vereadores em todo o país, que tinha sido aprovado pelo Senado na madrugada desta quinta-feira (18). A Câmara quer analisar novamente o texto aprovado nesta madrugada pelo Senado e não permitirá a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

A decisão foi tomada porque o Senado retirou da proposta um dispositivo que reduzia o repasse de recursos para as câmaras municipais. De acordo com o vice-presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), não será aceito o aumento do número de vereadores sem a redução dos gastos.

'O que a Câmara votou não foi aprovado pelo Senado. A Câmara vai votar de novo e nós aumentaríamos as vagas só para o próximo mandato', disse Inocêncio.

A aprovação da PEC no Senado foi feita na madrugada desta quinta-feira. Os senadores retiraram o dispositivo sobre o gasto, mas mantiveram o texto dos deputados no tocante ao aumento de 7.343 vagas para vereadores em todo o país. Como uma mesma parte do texto foi votada nas duas Casas, seria possível promulgar este trecho alterando a Constituição.

Como garantia de que o aumento no número de vereadores não representará mais gasto no Orçamento de 2009 da União, os senadores alegaram que se comprometeram votar, em fevereiro, emenda do senador Aloízio Mercadante (PT-SP) que mantém para o ano que vem o mesmo recurso orçamentário repassado às Câmaras Municipais em 2008.

Com a PEC, a Bahia ganharia setecentos e quinze novos vereadores. Em Salvador, seriam empossados dois novos vereadores, em Feira de Santana, quatro, e as câmaras de municipais de Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista e Juazeiro receberiam oito vagas cada uma.

(Com informações do G1)

Vai uma vaga de vereador aí?

Pois é senhores leitores,é isso mesmo...ainda não entenderam?Pois bem,explico...ou tento.

Nosso honroso Senado e suas excelências,na calada da noite,como convém,nesse casos absurdos.Aprovaram em unânimidade a recriação de quase 8 mil vagas de vereadores no Brasil todo.

contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que tinha determinado a extinção de cerca de oito mil vagas.

Os municípios com até 15 mil habitantes terão o mínimo de nove vereadores e os municípios com mais de oito milhões de habitantes terão o máximo de 55 vereadores.

Como se trata de uma emenda constitucional foram necessários dois turnos de votação no plenário. Como foi possível, se há prazos regimentais a serem cumpridos? O famoso "interstício" (intervalo necessário entre as votações) foi inteiramente atropelado por acordo de líderes.Explica nossa guru,Lucia Hippolito,cientista política e historiadora.

Oito sessões extraordinárias foram realizadas, para que fosse possível perpetrar, numa só noite, este desperdício de dinheiro público.

No primeiro turno, a emenda recebeu 54 votos a favor, cinco contra e uma abstenção. No segundo turno, obteve 58 a favor, cinco contra e uma abstenção.

Num momento onde águas abssais do terror financeiro nos espreita,onde o Estado Brasileiro deveria ser comedido nos gastos,dar o exemplo;vemos mais gastos sendo realizados e propostos.A quem se destina tal emenda?A troco de quê?Onde está a "oposição" que deveria ser a baia de reflexão nesses momentos?

Cabe a nós meros cidadãos coadjuvantes nessa ópera bufa,que será quem vai pagar essa conta,protestar.Expor nossa indignação.Aqui na cidade,ainda estamos buscando formas,de limar da vida pública os vereadores que são parte da máquina de mílicias,dos caça-níqueis e de qualquer outra máfia.Uma luta inglória.No entanto,com menos cadeiras,diminuimos as chances de uma horda de candidatos de qualidade duvidosa concorram e tenham mais chances.

Estamos diante de mais um retrocesso,senhores.É o Brasil...é só o Brasil.




Enquanto isso no Rio.Diplomação dos vereadores e Prefeito Eleito

O que o Política Rio,espera da nova legislatura e de seus vereadores,é trabalho e comprometimento com as necessidades do Rio.Temos a cidade mais linda do Brasil.Uma cidade complexa e rica em muitos aspectos e miserável em muitos outros.Sem a ação concentrada e compromissada do poder público e dos legisladores,não avançaremos tão cedo. A cidade do Rio de Janeiro é a vitrine do Brasil no mundo,qualquer coisa ou evento,tomam proporções imensas.Portanto,senhores vereadores e prefeito eleito.Estaremos aqui para cobrar e repercutir suas ações boas e más,sempre.

Quantos vereadores terá o Rio na próxima eleição.

Com base no aumento da população, se daria o aumento do número de vereadores. Aqui no estado do Rio seriam 359 novos vereadores no total dos 92 municípios. 

O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto já estragou a festa dos que sonhavam com a vaga. A mudança só poderá entrar em vigor nas próximas eleições municipais. 

Por enquanto os primeiros suplentes de cada município vão continuar suplentes. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PT insatisfeito com Cabral

Sem muito alarde o ex-ministro José Dirceu esteve esta semana no Rio, para tentar acalmar os "companheiros", que se queixam do tratamento dado pelo governador Sérgio Cabral. 

Alguns querem pular da nau de Cabral, outros já começaram a votar contra os projetos do governo na Assembléia Legislativa. A turma de Benedita não se conforma e diz que ex-senadora está sendo "fritada", não quer sair do governo, mas quer um tratamento mais "carinhoso". A turma de Vladimir Palmeira quer cair fora. 

A disputa por cargos na futura prefeitura de Eduardo Paes também acirrou os ânimos. 

Se a missão do "bombeiro" Zé Dirceu deu certo, na próxima semana teremos a resposta. A bancada estadual do PT vai ser recebida por Sérgio Cabral e a choradeira vai ser grande. 

Os "companheiros" alegam que Cabral tem tratamento vip do presidente Lula e dos ministros petistas, mas não retribui com a mesma moeda. 


 

Fonte:Blog do Garotinho

sábado, 13 de dezembro de 2008

Na contramão

No mínimo estranha, a situação que envolve a área de transportes do futuro prefeito Eduardo Paes. 

Seu escolhido para secretário de Transportes, Alexandre Sansão era até pouco tempo, coordenador do sistema de fiscalização eletrônica, responsável pelos radares e lombadas eletrônicas. 

No mês de julho, se ausentou do trabalho e sem conhecimento da chefia, viajou para o Peru, a convite do consórcio que opera os radares. Trata-se do mesmo consórcio que foi autorizado não se sabe por que, a aplicar multas na avenida Brasil, sem autorização publicada no Diário Oficial, o que resultou no cancelamento de 47 mil multas. 

Já a indicada para presidir a CET - Rio, subordinada a Sansão, é Claudia Secin, que segundo está hoje nos jornais teria viajado para Nova York sem autorização. 

Procurado pela imprensa, Eduardo Paes se recusou a falar sobre o assunto. 


 

Fonte:Blog do Garotinho

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

AI-5: UMA OUTRA VERSÃO!

1. A história do AI-5, que completa 40 anos dia 13 de dezembro, é contada como desdobramento da decisão da Câmara de Deputados de não permitir o julgamento do deputado Marcio Moreira Alves, garantindo sua imunidade parlamentar. Em seguida o presidente Costa e Silva convocou os ministros próprios para tomar a decisão.


 

2. Este Ex-Blog conversou com o Prefeito do Rio, que estava preso na época no DOPS de Minas Gerais, a respeito e obteve outra versão. Naquele dia 13, conta o Prefeito, os presos políticos no DOPS foram chamados a arrumar seus pertences e subir a ante-sala do delegado. Este leu o mandato de soltura dos mesmos. E em seguida leu o AI-5, o que tornava sem efeito o mandato e os mandou de volta para a cela.


 

3. Para o Prefeito, tudo leva a crer que o caso Marcio Moreira Alves foi um pretexto para uma decisão que estava madura para ser tomada. A matéria de domingo, da FSP com o ex-ministro-chefe da Casa Civil do Presidente Costa e Silva, Rondon Pacheco, confirma essa avaliação do Prefeito. O Prefeito lembra que o voto sendo secreto, parlamentares da própria base do governo poderiam ter votado contra o governo por recomendação deste.


 

4. Os presos no DOPS de BH estavam juntos no Congresso de Ibiuna, mas todos eram dirigentes de suas organizações políticas, que adotaram a luta armada. Já estavam presos, portanto há 2 meses. A leitura deste mandato de soltura sugere que o judiciário estivesse adotando o mesmo procedimento no caso de outros presos políticos, já que estes, naquela época, tinham destaque.


 

5. Segundo o relato de Rondon Pacheco à FSP, na reunião de ministros, a proposta do ministro da justiça, Gama e Silva, incluía o fechamento do Supremo. Ou seja, a intervenção seria na justiça também. A ditadura perderia o disfarce. O voto do ministro Aliomar Baleeiro, no STF, autorizando processar o deputado, é mostra disso e foi uma tentativa, ingênua, de salvar o judiciário.


 

6. A decisão final, e para isso basta ler o texto do AI 5, resumido pelo ESP no caderno especial de domingo, cumpriu com os mesmos objetivos ao restringir o direito ao habeas corpus, assim como a quaisquer recursos à justiça por parte dos presos políticos.


 

7. Com isso, o poder judiciário, em todas as suas instâncias, deixava de decidir no caso de presos políticos. Era como se houvessem dois judiciários. Um, o próprio governo federal, para os casos dos presos políticos, onde o judiciário deixou de ser um poder. E o outro, o judiciário, para todos os demais casos.


 

8. Na versão do Prefeito, o AI-5 foi baixado contra o judiciário, retirando dele qualquer poder de julgamento sobre os presos políticos. E isso deve ter ocorrido pelo fato de mandatos de soltura, habeas corpus, relaxamento de prisões, acesso de advogados ou familiares estarem começando a serem decididos pelo judiciário.


 

9. Mas como fazê-lo? E por quê? Nada mais adequado do que estabelecer uma ruptura provisória com o legislativo usando o caso do deputado como pretexto. Em seguida se excluía os presos políticos do alcance do judiciário e se reabria o Congresso, mantendo a mesma caricatura de democracia.


 

10. Na medida em que a repressão ganharia, a partir daquele momento, uma intensidade de violência muito maior, com depoimentos sob tortura e com confronto com as organizações armadas, haveria a necessidade de retirar tais atos do alcance do judiciário. Se o judiciário já começava a decidir em casos mais simples, como o exemplificado no início, ele não poderia funcionar. Mas fechá-lo seria de uma vez por todas tirar as máscaras do regime. A solução melhor foi o pretexto, e em seguida o AI-5, deixando o judiciário aberto, mas fora dos "crimes" políticos.


fonte:Ex-blog do César Maia

domingo, 30 de novembro de 2008

A briga de Paes com PT

 


O prefeito eleito Eduardo Paes passou a semana passada na Europa. Foi descansar e esfriar a cabeça depois da maratona eleitoral. Mas embarcou não escondendo de ninguém – nem da imprensa – o profundo descontentamento com a escolha do PT, para ocupar a secretaria de Desenvolvimento Econômico. Um psicólogo, Marcelo Costa, mestre em psicologia social, não é, devemos admitir, a melhor escolha para cuidar da atração de novos investimentos para a cidade. Mas isso são coisas do PT. 

Antes de partir para o giro europeu, Eduardo Paes deu o troco. Anunciou que criaria o cargo de assessor-econômico do prefeito, que definiu como "o vendedor do Rio", o homem escolhido para negociar com empresários e trazer negócios para o município. Justamente, tudo o que deveria ser função do futuro secretário Marcelo Costa. 

Aliás, já escrevi isso aqui, só não consigo entender, como Paes, sendo o "dono da caneta" aceitou a indicação petista ? Deixa a impressão de que foi obrigado a ceder a pressões. Parece que nesse caso, não teve a última palavra. Isso não é bom. 

Ontem, Paes anunciou sorridente, que o administrador de empresas Felipe de Faria Góes, de 35 anos, será o futuro assessor-chefe de Assuntos Econômicos, com status de secretário. Caberão também a ele as funções de presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico da cidade e do Instituto Pereira Passos. 

Resumindo não sobrou "pedra sobre pedra" para os petistas, na secretaria de Desenvolvimento Econômico, que segundo ouvi de um político com trânsito junto ao futuro prefeito, ficará relegada a tratar com camelôs e cuidar de projetos de economia informal. Paes está criando uma inovação na administração pública. Trata-se da secretaria com status de subsecretaria. 

Enquanto o futuro prefeito ria, os "companheiros" do PT fechavam a cara e começavam a chiar. Ainda mais porque ouviram falar, que no corte de 1.800 cargos comissionados que Paes pretende fazer para economizar, não vão sobrar muitas "boquinhas" na secretaria de Desenvolvimento Econômico. 

Dentro do próprio PT, há correntes que não aceitaram a indicação do psicólogo, escolha do deputado Gilberto Palmares, que está sendo acusado de responsável pela confusão. 

Dizem que "companheiros graúdos" de Brasília já foram convocados, para na próxima semana, virem ao Rio apagar o incêndio. Mas uma coisa é certa no momento a coisa está pegando fogo entre o PT e o prefeito Eduardo Paes. E olha que o governo ainda nem assumiu. 

fonte Blog do Garotinho

domingo, 23 de novembro de 2008

Roda da fortuna.Dinheiro fácil ou golpe?


Em janeiro de 1997, na Albânia, uma série de revoltas quase derrubou o governo do país. O motivo pode parecer simples, mas levou milhares de pessoas às ruas para reclamarem por seus direitos. Mais de 15% da população de 3,2 milhões (em 1997) aderiu a movimentações financeiras conhecidas como "esquemas em pirâmide" ou "correntes". Os cidadãos eram incentivados a investir o que ganhavam em fundos de investimento que prometiam lucros exorbitantes em pouco tempo. Os fundos que sustentavam os investimentos faliram, o dinheiro investido foi pelo ralo e os albaneses se rebelaram. 

No Rio de Janeiro, em 2008, esquemas menos complexos, mas com funcionamento semelhante ao que gerou transtornos na Albânia estão ganhando força em universidades. O modelo de corrente que está virando febre consiste em uma ação entre amigos. Uma pessoa inicia a jogada e convida dois amigos, que contribuem com um valor em dinheiro. Cada um deles chama mais duas pessoas, que dão a mesma quantia. A situação se repete, e cada novo convidado chama outros dois, sempre contribuindo com o valor combinado. Neste momento, o esquema está com quatro níveis e 15 pessoas estão participando, com oito na base da pirâmide. O dinheiro daqueles que estão no nível mais baixo é arrecadado por quem puxou a corrente. O ganhador sai do circuito, e a situação se repete sucessivamente, até que um participante não encontre mais ninguém disposto a entrar na roda. Se isso acontecer, o esquema quebra, e aqueles que estão participando ficam sem o dinheiro que investiram. 

Esse tipo de negociação é conhecido em vários países do mundo. Em Portugal, o artigo sétimo do decreto-lei número 57/2008, de março, proíbe os esquemas em que "o consumidor dá a sua própria contribuição em troca da possibilidade de receber uma contrapartida que decorra essencialmente da entrada de outros consumidores no sistema". No Brasil, não há regulamentação específica sobre o assunto. 

Nas universidades do Rio, o circuito ficou conhecido como "roda da fortuna" e virou mania entre os alunos. A possibilidade de conseguir dinheiro fácil e rápido atraiu estudantes, que entram com R$ 100 e esperam receber R$ 800 em três semanas. Um estudante de comunicação da PUC-Rio, que preferiu não se identificar, entrou no esquema depois do convite de um amigo. Ganhou R$ 800, e pretende continuar no circuito. 

"Vou viajar no fim do ano e estava precisando de dinheiro, por isso entrei na corrente", disse. 

Segundo a opinião dos especialistas ouvidos pelo SRZD, a formação das correntes pode ser considerada crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal. O Procurador Regional da República e professor de Direito Penal Rodolfo Tigre Maia, afirmou que, em sua opinião, a conduta caracteriza crime. 

"Quem inicia a corrente comete estelionato, porque ela obtém vantagem econômica em cima das outras pessoas e sabe que o esquema está fadado ao fracasso. Já está provado matematicamente que é impossível isso dar certo". 

Para Tigre Maia, é importante diferenciar aquelas pessoas que entram no circuito com boa fé, pensando apenas em ganhar, daquelas que iniciam o processo e sabem que o esquema vai fracassar. O advogado Daniel Martins compartilha da mesma opinião. Segundo ele, a experiência comprova que a pirâmide vai estourar alguma hora. 

"A pessoa obtém vantagem de alguém sem avisar que a pirâmide vai dar errado em algum momento, o que configura crime de estelionato."  

Os especialistas ressaltaram que apesar de o ato ser ilícito, é difícil caracterizar o estelionatário, já que na maioria dos casos não é possível saber ao certo quem iniciou o esquema. Segundo eles, o melhor remédio é evitar esse tipo de negociação, pois o prejuízo pode ser grande.

fonte:Portal Sidney Rezende

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pedágio antes das estradas?E pode?


Acreditem se quiserem. Estou reproduzindo a manchete do Globo na Internet para vocês verem com seus próprios olhos.

Numa decisão inédita, a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) publicou no Diário Oficial, autorização para as concessionárias cobrarem pedágio, antes mesmo de concluídas as obras estipuladas em contrato.

Agora é assim: levantou uma praça de pedágio, já pode começar a cobrar. Isso vale para sete estradas privatizadas, entre elas a BR – 101, no trecho entre a ponte Rio – Niterói e a divisa com o Espírito Santo. São 5 pedágios (Manilha, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Macaé e Campos).

Segundo a ANTT, “a medida visa evitar problemas futuros e deverá impactar menos no pedido de correção dos pedágios”. Se você quiser, também pode acreditar que cobrando antes, na época do reajuste, as concessionárias vão compensar a diferença na hora de pedir aumento do preço. Você também pode acreditar em Papai Noel etc, etc...

Saquarema pode ter novas eleições


 


Além de Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana, um terceiro município fluminense poderá ter novas eleições, pelo mesmo motivo. Nos dois primeiros casos, a impugnação de candidatos após a eleição fez com que os votos nulos superassem os votos dados aos candidatos que tiveram registro deferido.

Em Saquarema, a situação pode ter o mesmo desfecho. O candidato mais votado foi ex-prefeito Dalton Borges que concorreu com a esposa do deputado estadual Paulo Melo, Franciane Melo.

Ontem o TSE manteve o indeferimento do registro de Dalton Borges, que ainda pode recorrer. Caso perca o recurso seu votos serão anulados e aí a soma de nulos ultrapassará os votos válidos.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um interessante post de um blog parceiro-Circo de janeiro

O Pequeno Ditador

Os leitores do JB e do Globo estão tendo a privilegiada oportunidade de ler um perfil clínico psicológico do candidato eleito na forma de entrevistas que ele deu para os dois jornais, além de megalomaníaco e ególatra ele demonstra uma coisa muito pior, uma tendência marcante ao autoritarismo como forma de governo, se cercando de assessores e criando em torno de si uma muralha impenetrável, para que quem veja de fora não enxergue uma pessoa pequena, um eterno barnabé de repartição pública que não consegue olhar além da plaqueta com seu cargo em cima da mesa.

Meus comentários sobre cada parte do diálogo estarão em itálico para não serem confundidos (se é que é possível) com as decalrações do candidato eleito.

O Globo (30/10/08)

O GLOBO:O senhor foi eleito com três discursos: saúde, união com os governos federal e estadual e ordem urbana. O secretário de Saúde já foi nomeado, e o senhor se encontrou com o presidente Lula. Mas qual é a área da cidade que será prioridade na questão da ordem urbana?

Eduardo Paes: Toda a cidade. Se você for acompanhar meus primeiros dois anos como subprefeito, eu acho que não ergui nada, só derrubei. Foram dois anos de muita ação. Era uma coisa que precisava na Barra: choque de ordem. É um pouco a situação em que se encontra toda a cidade hoje. Então, vamos agir. Claro que há áreas da cidade que se impactam mais com essa desordem. A Tijuca é uma área que é mal cuidada, e a desordem faz com que você tenha ali pico de violência maior que a média da cidade. Vamos trabalhar integrados com a Secretaria de Segurança. A área do pequeno delito é propícia para o grande. Quem se iludiu achando que eu estava falando de desordem por falar para os mais pobres se equivocou. Os que não votaram e os que votaram (em mim) também pensando nisso. Quero fazer com que a prefeitura preste serviço de qualidade para os mais pobres. Agora não acho que os mais pobres estejam vinculados à desordem. Quem achou que eu estava fazendo discurso demagógico para os mais pobres, nessa coisa da permissividade com ilegalidade, se iludiu.

Não, imagina, mais demagógico impossível, suas ações demolidoras na Barra, poderiam ser chamadas de terra arrasada, porque onde ele passou o trator subiram shoppings e condomínios onde deveriam ter sido mantidas as áreas desocupadas como forma de preservação ambiental, suas ações na Barra beneficiaram as construtoras, que devem agradecer regiamente aos serviços prestados de remoção de favelas para construção civil.


O GLOBO:A ordem pública será a marca da sua gestão?

Paes: Vai ser uma das marcas, certamente.

Sei, outra frase demagógica, quer ordem pública, beleza, sobe o morro pra botar ordem na favela, vai nos restaurantes grã-finos do Leblon onde ele diz que costuma ir, pra tirar as mesas da calçada... contra outra.

O GLOBO:O senhor viu a primeira página do GLOBO com as suas promessas, no dia seguinte à eleição? Pretende cumprir todas as promessas de campanha?

Paes: Sem dúvida. As promessas que assumi, sim. Eu nunca disse que só nomearia servidores. Quando fui secretário de Meio Ambiente, 95% dos cargos foram ocupados por servidores públicos. Acho que é o ideal. Mas em nenhum momento neguei a política. Quem fez isso foi o Gabeira. Ele que dizia isso. Eu quero privilegiar os servidores públicos, mas quero ter a oportunidade de ter secretários políticos. Até porque cheguei onde cheguei ocupando funções assim. Acho que a política bem feita, de maneira adequada, ela é possível. Pega a lista (das promessas, publicada pelo GLOBO, diz a um assessor) lá. Eu assumo todos os compromissos que assumi e falei durante a campanha, e vou cumprir. Eu vou colocar preso na minha parede (promessas publicadas pelo GLOBO). Claro que obstáculos terão que ser enfrentados. Vamos licitar as linhas de ônibus. Aí o Poder Judiciário dá uma liminar, a gente supera, cassa a liminar. Estou falando de problemas que podemos ter, mas vamos enfrentar.

Isso de longe é a parte mais contraditória do seu discurso, até agora ele só nomeou dois amigos, um médico de passado não muito abonador e um tecnocrata do governo Maia, isso é muito pouco

O GLOBO:O senhor vai ter indicações dos partidos aliados para cargos...

Paes: A escolha do meu secretariado é minha, de mais ninguém. Posso conversar, ouvir opiniões, sugestões, mas a escolha é minha. Agora, eu pretendo governar com um arco de alianças. Pretendo conversar com o PT, o PSB, o PCdoB. Há áreas que acho que devem ser essencialmente técnicas, não devem ter políticos: Fazenda, Saúde, Educação, são áreas em que botar político não é bom.

Olha o totalitarismo aí gente! A frase "posso conversar mas eu decido" quer dizer que se a idéia for boa ele é que decidiu se era boa, se a passoa for boa ele que decide que é boa, não há consenso, não há discussão, é o discurso da primeira pessoa marcando uma personalidade em busca de auto-afirmação.

O GLOBO:O senhor tem um técnico na Saúde, tem dito que na Fazenda e na Educação vão ser técnicos, e Obras. Seriam só essas ou vai ter mais alguma? Administração? Transporte?

Paes: Não sei. Às vezes até no Transporte você precisa de alguma mais articulada do que técnica por causa dos desafios ali. No transporte, penso num nome mais... Eu adoraria um Eduardo Paes para ser secretário de Transportes, que minha modéstia não me deixe errar.

Modéstia desse rapaz, mas uma característica do egocentrismo de quem se acha mais do que é, quer acumular os cargos, ou sabe que a secretaria de transporte é uma das jóias da coroa e que a difícil negociação da licitação das novas linhas pode ser "amaciada" com uma boa conversa aqui, uma ajuda de campanha ali.
O cara pensa pequeno mesmo, é prefeito, mas queria ser secretário de transporte pra entrar na mamata.


O GLOBO:Urbanismo?

Paes: Técnico. Ali não tem como.

Urbanismo tem a ver com ordem urbana, quer dizer, retirar favelas, arrumar as ruas, podar árvores, consertar calçadas fazer aquilo que é mais aparente para a população e o que ela primeiro reclama, é o secretário que tem que trabalhar mais na prefeitura, e pelo visto nenhum amigo dele quis pegar essa rabuda, nem o Crivella quis, ou queria e foi desautorizado pelo pequeno ditador.


O GLOBO:Então seriam essas: Saúde, Administração, Obras, Urbanismo e Fazenda?

Paes: É. No transporte, o cara tem que ter capacidade de articulação, lidar com empresários de ônibus. A implantação do bilhete único prevê articulação, vai ter que lidar com transporte alternativo, com taxista. Ali pode ser que eu prefira um com perfil, que cerque de técnicos.

De novo a fixação pelo transporte, ele quer colocar ali alguém que não dê um pio sem antes passar para ele tudo o que está acontecendo, o problema é achar alguém que entenda de sistema de transportes e sirva de capacho para ele.

O GLOBO:A impressão é que o governador Sérgio Cabral teve uma influência nas suas escolhas na primeira semana...

Paes: Tem certas inseguranças que eu não tenho na vida. Vou trabalhar muito com o governador. Mas, pela minha personalidade, que não é das mais frágeis, está claro que eu não sou um sujeito tutelável, e nem o Sérgio tem esta vontade de tutelar. Agora, que você vai ter um compromisso meu que o secretário de Saúde se dê bem com o do estado, não tenha dúvida que isso vai funcionar. Se tiver de brigar, se tranca numa sala. O primeiro secretário meu que brigar publicamente com secretário estadual ou ministro vai ser demitido.

Nossa, como ele revelou sua fragilidade aí, o cara passou 16 anos debaixo da asa do César Maia, tutelado por ele recebendo ordens dele, era tão dependente de ordens que se cercou de um grupo de pessoas, e que estão com ele hoje, que não deixava ninguém falar com ele, só recebia ordens de cima, se tornou tão inacessível que os moradores da Barra o odeiam, tanto é que ele tomou duas surras seguidas nas urnas na Barra e Recreio, quem o conhece não confia.
E outra coisa, o ego, de novo abriu a fresta por onde se enxerga uma pessoa insegura, quem é não fica falando, "eu sou isso, eu sou aquilo", suas atitudes falam por si, mas como disse antes, quem passou a vida toda servindo de capacho não chega nunca a tapete persa.

O GLOBO:Na implantação do bilhete único, as empresas de ônibus não terão mesmo subsídio?

Paes: O bilhete único sem subsídio foi uma coisa que manifestei como desejo e que acabou sendo tratada como certeza. Se isso acontecer, as empresas vão ter de enfrentar isso. Mas há coisas que não dá para garantir agora. Alguém aqui conhece as planilhas de custo das empresas? Eu ainda não tenho acesso às planilhas para saber detalhes do cálculo da tarifa. Se o custo para o usuário ficar muito alto, será uma coisa que teremos que decidir. A idéia seria manter a tarifa do ônibus a R$ 2,10, mas pode aumentar um pouco com a integração dos modais. Mas eu me comprometo: a planilha será pública.

Ahn, deixe-me ver, eu já li isso antes, "compromissos são diferentes de idéias", quem falou foi o ex-chefe dele, o Maia.
Não sou surdo nem louco, daqui a pouco no Youtube a gravação dele dizendo que o bilhete único não teria subsídio estará rodando pela internet, o Gabeira foi incisivo, perguntou diretamente, e mais de uma vez nos debates, se o bilhete único teria subsídio, e ele repetiu enfaticamente que não.
A passagem de ônibus do Rio de Janeiro é uma das mais caras do país, as empresas de ônibus ganham bastante para colocar carros velhos e capengas nas ruas, dirigidos por motoristas cansados, mal treinados e muitas vezes obrigados a fazer também o papel de trocador.
Como disse antes, ele trata a questão de transportes com mais interesse que a própria prefeitura, é o complexo de capacho que eu falei antes.

AGORA, A MATÉRIA DO JB:

Paes anuncia R$ 200 milhões para o Rio ainda este ano

Marcelo Migliaccio, Rodrigo de Almeida,Tales Faria , Jornal do Brasil

RIO - Na ante-sala do escritório no que fica 13º andar do prédio da Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio, surge o prefeito eleito Eduardo Paes bem disposto, mas visivelmente mais magro depois da maratona eleitoral. Em cerca de 50 minutos de conversa, revela que já conseguiu, ainda este ano, R$ 200 milhões para obras no complexo da Penha, na linha 4 do metrô (Zona Sul–Barra) e na Via Light, fora as parcerias para a revitalização da Zona Portuária.

Com humor, saboreia a vitória sobre Fernando Gabeira, diz que gosta do Posto 9 – mas ia à praia no 10 – e confessa que ainda não dormiu direito desde a vitória no segundo turno. As xícaras de café e o refrigerante zero em sua mesa confirmam que o ritmo de trabalho continua frenético. Mas agora o desafio é outro: transformar as palavras da campanha em realidade, apesar da crise econômica internacional e de outros obstáculos que, ele mesmo admite, podem surgir até 2012.

A seguir, a entrevista exclusiva do prefeito eleito ao Jornal do Brasil.

Pela reação de alguns, parece que Fernando Gabeira venceu a eleição.

Gabeira venceu a eleição, para o povo, para as urnas ficou o registro do esbulho eleitoral praticado pela gangue do PMDB.

Paes: Eu não queria estar no lugar dele. Prefiro estar derrotado onde estou. Para vencer a eleição é preciso um voto a mais que o adversário. O que vier além disso é lucro. Estou com 54.999 lucros. Essa visão de que ele saiu ganhando é de setores importantes da sociedade que o apoiaram. A eleição acabou, mas há um monte de viúva chorando. São pessoas que respeito. Adorava o Caetano Veloso e continuo adorando. Morri de inveja ao ver o Caetano cantando no programa do Gabeira. Torço para que algum dia ele cante para mim. Não precisa ser numa campanha, mas para a prefeitura... Acho a Fernanda Torres uma excepcional atriz. Esses artistas fizeram sua opção. Mas numa democracia o voto das pessoas conhecidas vale tanto quando o das mais humildes. Agora é olhar para a frente. Quero governar para todos os cariocas.

Discurso de Odorico, voto não é dinheiro, ainda mais voto obtido de maneira irregular, mas como ele não vai acusar o golpe sempre vai dizer que ganhou a eleição em cima desses 54 mil votos sabe-se lá Deus obtidos em que condições.

Como pretende sinalizar isso para os eleitores?

Não sou de ficar emitindo sinais para setores da sociedade que não votaram em mim, como fazer um programa de subsídio ao teatro ou aos cantores do Rio. O que desejo é ser um bom prefeito. Para isso, já estou trabalhando desde segunda-feira, sempre acordando cedo. Quando a prefeitura funciona, é para todos. Claro que há quem sofra mais com a má qualidade dos serviços porque depende do poder público para tudo. Mas todos nós sentimos a ausência do prefeito Cesar Maia. As pessoas estão carentes de prefeito. A comunicação dele com a sociedade é feita por e-mail. Quando ele responde por e-mail, não dá para saber se está com a cara triste, com a cara alegre, com a sobrancelha levantada... Coisas de gente, de ser humano.


Essa parte mostra o discurso desconexo "não aceno para os que não votaram em mim", como é? Vai ignorar um milhão e seiscentos mil eleitores de classe média e alta que pagam a maior parte dos impostos da cidade? Está maluco? Tá querendo tomar um boicote de IPTU pelo meio da cara como o Maia tomou quando tentou reajustar a tarifa?


Não é uma prova de que o instituto da reeleição não dá muito certo?

Existem casos em que a reeleição funcionou. O mandato atual do presidente Lula é muito melhor do que o primeiro. Já o segundo do presidente Fernando Henrique foi pior. Não há uma regra para isso.

Quais serão, de fato, suas maiores prioridades quando assumir a prefeitura?

A primeira prioridade é a questão da saúde, que é onde as pessoas mais sofrem. Já estamos tratando disso, o secretário Hans Dohmann está designado e trabalhando. Outra meta da qual já comecei a tratar esta semana é romper o isolamento político do Rio. E o terceiro ponto que eu gostaria de deixar marcado é o de ser o prefeito do feijão-com-arroz, o síndico, aquele que cuida do cotidiano da cidade, da conservação, da troca da lâmpada, da grama aparada na praça, da limpeza das ruas.

Discurso repetitivo unido ao complexo de capacho, além de copiar o discurso do Gabeira, antes ele discursava dizendo que queria ser apenas síndico do Rio, vai ver o modelo dele de síndico é aquele em que o cara entra, pega todo o caixa pra reformar a fachada do prédio mas não manda limpar a caixa dágua nem consertar o elevador, dois meses depois está andando de carro zero e a mulher foi fazer uma lipo.

O segundo secretário anunciado, Rodrigo Bethlem, é o da ordem pública...

Ele vem conduzindo um trabalho importante com as operações Copabacana, Ipabacana e Barrabacana. É uma pessoa respeitada e com disposição para enfrentar esse tema, que é complicado na cidade. Vamos atuar com a Guarda Municipal, a área de licenciamento de atividade econômica, de controle urbano. Ele talvez vá ser o secretário com maior interação com as outras secretarias. Por ser uma questão de postura e atitude, podemos dar uma resposta imediata nessa área. Não é algo que exija recursos, licitações.

Betlhen é um velho conhecido dos cariocas desde que foi um dos primeiro Cesar Boys a ganhar notoriedade, combatendo o esgoto in natura derramado na Lagoa Rodrigo de Freitas, o mesmo esgoto que cai diariamente até hoje na Lagoa e nenhum prefeitinho, prefeito, governador, nem mesmo o Papa consegue resolver.
Fazer operações "bacanas" na zona sul é mole, quero ver uma Inhaúmabacana, Ricardo de AlbuquerqueBacana, JacaréBacana, ou será que ação da prefeitura nesses locais é só de quatro em quatro anos em época de eleição?

Como a ação social vai complementar esse trabalho?

A rua não é um lugar para se morar, não pode ser alternativa aos problemas sociais. Precisamos ter uma política social efetiva. Vamos buscar a família da criança que está na rua e ver do que ela precisa. Vamos dar tratamento adequado aos que têm problema com drogas. O que não pode, é em plena Rua da Alfândega com Rio Branco, no Centro, haver pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas com a maior naturalidade.

Não entendi. Ele fala como se o problema não fosse dele, a prefeitura tinha um trabalho social com a Fundação Leão XIII que foi interrompido, a impressão que se tem é que ele vai instalar abrigos banheiros, de dia as pessoas fazem as necessidades ali, de noite a população de rua se abriga dentro deles.

O senhor pretende investir nessa estrutura de amparo social?

Não há, por exemplo, um centro de tratamento municipal para dependência química...

Não há. Existe até uma Secretaria de Prevenção à Dependência Química, mas não tem recursos, nem políticas desenvolvidas. O secretário é até um homem de bem, o coronel Duran, mas não dispõe de recursos.

Secretaria essa que ele pretende extinguir, dizer que não tem recursos é uma hipocrisia, porque para esse tipo de trabalho social poder-se-ia captar parcerias privadas, mas pelo visto combate às drogas não é com ele

O senhor esteve em Brasília e foi ao Congresso saber como estão os projetos para o Rio. A que conclusão chegou?

Essa visita marca uma nova era, de interação dos três níveis de governo aqui no Rio. Já conseguimos com a bancada fluminense que alguns recursos do orçamento deste ano fossem disponibilizados para fazermos o complexo da Penha, a Via Light e a linha 4 do metrô. Algo em torno de R$ 200 milhões. O que pedimos ao Lula foram recursos referentes a emendas da bancada deste ano, que ainda não tinham sido disponibilizados. Mas o grande pedido que fiz a ele foi o investimento no Porto do Rio, que já será uma intervenção urbana fantástica na cidade. A prefeitura entra com concessões de uso, o governo federal e o Estado, com algumas áreas e o dinheiro da iniciativa privada. É um grande negócio que tem tudo para dar certo numa área importante da cidade.

É brincadeira, o cara vai a Brasília para conseguir dinheiro para o governo do Estado!
Todo esse dinheiro que está vindo é carimbado e é responsabilidade do Cabral, mas o pior está por vir, ele quer demolir extensos quarteirões históricos da região portuária do Rio de Janeiro, para criar algo megalomaníaco igual o Maia fez com a Cidade da Música.

Está certo que a região sofre de abandono, mas o que ele pretende fazer é um grande ponha-se na rua sem nenhum motivo, porque ele não pega o dinheiro para melhorar o terminal de passageiros do Porto e a Rodoviária?


Sua campanha foi muito objetiva, com detalhamento do que pretende fazer na prefeitura. A crise econômica internacional, que ficou mais aguda já perto do segundo turno, pode inviabilizar algumas das metas definidas na campanha?

É preciso ficar claro que não vou resolver todos os problemas no primeiro dia, tenho quatro anos pela frente. O que posso dizer para a população é que não descansarei um só instante até que eu consiga viabilizar aquelas melhorias de que a cidade precisa. É claro que haverá obstáculos, que algumas coisas não conseguirei fazer.

Não vai resolver nem no primeiro nem no último dia, o maior erro dele foi ignorar que a situação econômica era grave, ele não é Cesar Maia, que apesar de todos os seus erros, é reconhecidamente um economista brilhante, porque conseguiu com todas as obras superfaturadas, manter o caixa da prefeitura pagando regularmente os servidores, já o candidato eleito, coitado, é um bacharel de direito que precisa urgentemente de um bom economista senão não dou um ano de governo para ele colocar a cidade na bancarrota.

Que obstáculos o senhor acha que vai enfrentar?

Os mais variados, medidas judiciais, liminares, falta de recursos...

E o povo, senhor candidato eleito, não se esqueça do povo que vai cobrar cada uma das 83 promessas de campanha se o senhoir for diplomado dia 1º de janeiro, afinal se o senhor não sinaliza para os que não votam no senhor, os que votam sinalizam muito bem, inclusive os que votaram no senhor.

A Câmara de Vereadores pode ser um desses obstáculos?

Se eu não souber lidar com a Câmara, pode. Nesta semana, repeti o que já havia feito no início da campanha: fui lá e mostrei o meu respeito pela Casa. Pedi, inclusive, que os vereadores não deliberem sobre nenhuma iniciativa do atual prefeito que demande gastos no ano que vem, porque ele mandou uma solicitação de aumento para servidores. (Paes não contém um longo bocejo e pede café a um assessor). Ainda não consegui dormir direito desde a campanha.

Ele foi na verdade interferir nos trabalhos legislativos que não lhe dizem respeito, entrou na Câmara com os candidatos eleitos e reeleitos, muitos deles correndo o risco de perder os mandatos por conta de processos na justiça, o que ele foi fazer lá foi uma espécie de intimidação. Inclusive ele deixou a reunião no meio frustrando uma coletiva que seria dada no final.

Não baixou a adrenalina?

Pelo contrário, aumentou, ainda mais agora que tenho a responsabilidade nas mãos.

Ahn, sem muitos comentários, adrenalina quer dizer nervosismo, nervosismo quer dizer não sabe o que vai fazer, não saber o que vai fazer quer dizer que o cara está no lugar errado na hora errada.

Quando vai tirar uma folga?

Deve haver um evento relacionado à candidatura Rio 2016 em Istambul, em meados deste mês. Vou ver se pego uma semana para viajar com a minha mulher e dar uma arejada.

Até lá ele já estará fora da prefeitura, espero. Vai como convidado do COB, isso se for aceito de volta como Secretário de Esportes do Cabral.

Em análise do seu ex-blog, o prefeito Cesar Maia achou que as fotos do encontro, publicadas nos jornais no dia seguinte, não traduziram o clima amistoso da reunião de vocês dois. O senhor concorda com a declaração dele?

É verdade. Foi uma reunião natural, civilizada, serena. O prefeito foi muito gentil comigo e eu com ele. Sabemos dividir essas coisas, não fico raivoso, guardando mágoa e acredito que ele também não fique. Disponibilizou as informações para uma transição em alto nível. Seria a pior coisa do mundo não termos acesso a todas as informações. Acabou a eleição, agora há um quase ex-prefeito e um prefeito eleito, ambos com maturidade para lidar com as situações.

Até onde sei o Maia não ia dar na cara dele em público, porque ele criou o ovo da serpente, de todos aqueles jovens ambiciosos que se cercaram dele há vinte anos um deles seria mais agressivo e ardiloso, venceu o mais forte, lei da selva.

E o encontro com o presidente Lula, como foi?

Ele disse que estava muito feliz, que sabia que a disputa aqui iria ser difícil. O presidente foi muito gentil na maneira como me apoiou. Soube superar as nossas divergências do passado, que foram públicas e notórias. Não pedi desculpas, porque estava ali numa posição de deputado, fiscalizando o Poder Executivo, exercendo meu papel. Tivemos uma conversa madura, expusemos nossas opiniões, por isso ressalto a grandeza dele. Foi diferente em relação à atitude que tive com a dona Marisa, uma mãe, porque eu tinha exagerado nas ofensas pessoais ao filho dela. A ela, pedi desculpas no plano pessoal, não político. No calor das refregas políticas, a gente passa do tom, exagera um pouco, ultrapassa os limites.

Sim, afinal de contas, tudo pela permanência no poder, negociar com um canhão apontado para a testa não dá muitas margens de manobra, o PMDB hoje é a principal bengala para o governo Lula se manter à tona.
Por isso, engolir os palavrões proferidos contra seu filho na tribuna do Congresso é um preço pequeno a pagar pela governabilidade.

Desde a campanha ficou claro que o seu secretariado seria composto por quadros tanto técnicos quanto políticos. Como espera fazer essa combinação?

Sou político e jamais disse que não colocaria política no meu governo. Nunca deixei de dialogar com os políticos. As alianças foram partidárias. Ninguém desconhece minhas alianças, diferentemente do que ocorreu com outras candidaturas. Existem áreas que quero respaldar tecnicamente, como saúde, educação, urbanismo, obras, Fazenda, Procuradoria. Outras vamos compor com quadros políticos qualificados.

O problema é achar esses quadros, estou observando uma demora em se anunciar os cargos, ou é porque ele não acreditava que ia ganhar ou então porque muitas pessoas consultadas estão esperando a diplomação do candidato eleito para aceitar a indicação, senão vai pagar um mico de fazer parte de um governo que não existe, como agora.


Como estão sendo as conversas com os partidos? Com o PT, por exemplo?

Quero conversar ainda com os presidentes municipal e regional do partido. Quero muito que o PT participe do governo. E vou conversar pessoalmente.

O PT até agora só tem dado com a cara na porta, a úncia pessoa que parece que conseguiu alguma coisa foi a Benedita, mas ela tem profundas ligações com o PMDB (vice do Garotinho, lembram?), mas parece que ela está disputando com Jurema Batista (cansada mas não desiste da guerra) uma secretaria.

E com o deputado Jorge Picciani (presidente da Assembléia Legislativa do Rio e membro do PMDB)?

Ele tem sido exemplar. Conversamos duas vezes nesta semana, e ele não pediu nada.

Ele não precisa pedir nada, ele controla tudo dentro da Alerj, é o braço direito do Cabral, e agora a prefeitura é um anexo da sala dele.

Há informações de que ele estaria conversando com o PT em seu nome...

Não. Quem apadrinhou a aliança com o PT foi o governador Cabral. Picciani é um aliado importante.

Aí é que o discurso não encaixa, quem está sentado em cima das nomeações é o Picciani o PT já reclamou disso, e pelo visto o Paes não resolve nada, no final das contas quem controla é ele e acabou, tenho até minhas dúvidas se o Cabral também não é comandado por ele.

O senhor já foi do PV. O secretário de Meio Ambiente será ligado ao Partido Verde?

Não. O PV não se elegeu, mas tenho boa relação com a vereadora Aspásia Camargo, com o Alfredo Sirkis também. Espero que ele não tenha ficado chateado por eu ter dito que ele participou dos três governos do Cesar Maia. O outro vereador eleito (Paulo Messina), não conheço, mas tanto a Aspásia quanto o Sirkis são pessoas de elevado espírito público, com grande disposição para ajudar a cidade.

Imagina, já deve ter ligado colocando o PV à disposição para uma indicação para uma secretaria, afinal de contas foram anos e anos dentro da prefeitura dando licença irregular para obras e fechando os olhos para os crimes ambientais na cidade, ele tem um legado para administrar.


E a Andrea Gouvêa Vieira (vereadora reeleita pelo PSDB), o senhor convidou?

Não, não. Adoro a Andrea, é minha amiga, um quadro político qualificado, mas, em princípio, não. Ela deve estar numa posição de oposição formal. Tenho certeza que o que for positivo para a cidade ela vai aprovar. Há pessoas muito próximas a mim no PSDB, que votaram em mim, mas não saíram pela rua fazendo campanha.

A vereadora Andréia Gouveia tem um episódio nebuloso a respeito da concessão do RioCentro, na qual dois advogados de seu escritório formaram uma empresa fantasma para ganhar a licitação do centro de convenções em nome de uma empresa francesa, no final das contas até o governo federal teve que intervir porque metade do Riocentro pertence à Embratur, até hoje não sei o que ficou decidido.

Quem tem sido seu principal interlocutor nesta fase?

O governador é muito constante. Existe uma parceria muito forte. Não me preocupa que digam que estou sendo tutelado. Primeiro que o Sérgio não tem o menor saco para tutelar ninguém, nem tenho vocação para ser tutelado. São dois políticos que se entendem em perfeita harmonia, que são amigos e se admiram. Às vezes eu até peço sugestões de nomes, mas ele não me dá nenhuma. Ele diz claramente que, mesmo no governo dele, odeia nomear. Eu também acho isso a pior coisa do mundo.

O Governador não tem saco? Ah sim, se não gosta de assumir responsabilidades pelo Estado com a segunda maior arrecadação de impostos do país então nem deveria ter se candidatado, às vezes tenho a tenebrosa impressão que o Paes é o marionete do marionete, agora a pergunta é, quem manipula os fios?

Cidade da Música custa R$ 2 milhões por mês

Novo prefeito diz que vai tentar parcerias com empresas

Quando o PMDB decidiu compor com o PT, que já tinha anunciado Alessandro Molon como candidato, sua campanha já estava na rua. O senhor tinha certeza de que voltaria a concorrer?

Eu? Tinha certeza de que não voltaria. Foi uma circunstância, uma mudança de situação. Os astros convergiram favoravelmente. Mas naquele momento difícil, minha relação com o governador Sérgio Cabral só se fortaleceu. Soubemos superar a adversidade, permanecemos juntos, eu trabalhando como secretário dele. Tentaram fazer intrigas de todos os jeitos, mas eu sabia que aquilo era duro para mim e também para ele. Porque nós acreditávamos que eu poderia ganhar a eleição e por isso foi mais duro ainda. Uma coisa é você ser impedido de disputar uma eleição em que não teria chance. Outra é ficar fora quando poderia vencer.

É, no momento que o Cabral percebeu que ganharia mais com um candidato próprio sacou o Paes da Secretaria de Esportes e através de um Diário Oficial fajuto forjou sua saída em tempo hábil para registrar a a candidatura, dando uma rasteira no PT, depois quando precisou foi lá obrigar o Presidente da República a dar apoio à candidatura da farsa.

A que o senhor atribui sua vitória na eleição?

A ter tido mais votos do que o Fernando Gabeira na Zona Oeste e na Zona Norte, o que compensou a derrota na Zona Sul, onde as pessoas vão muito pela moda. Você perguntava por que o Gabeira e muitos não tinham uma resposta objetiva... "por que é a onda..." Nada do que foi será do jeito que já foi um dia (canta a música de Lulu Santos usada por Gabeira). Você supõe que as pessoas daquela região seriam mais reflexivas, mas elas vão no embalo. Minha sorte é que não tenho nenhum desvio de conduta, senão teria sido crucificado em praça pública. Me chamaram de tudo, menos de desonesto e incompetente.


Vejamos, por partes:
Primeiro ele perdeu em toda a zona norte até Madureira, ele perdeu feio, perdeu em toda a zona sul e parte da oeste, os percentuais foram bem apertados na parte mais longínqua da cidade, mas nunca cairam abaixo de 30%. O que provocou a pequena margem de vitória dele foi a baixa abstenção nesses bairros mais afastados, que ficou na faixa de 17% contra 30% nos bairros de faixa de renda e densidade demográfica mais altas, isso ajudado é claro pela mãozinha da máquina estatal que antecipou o feriado do funcionalismo público para segunda feira depois da eleição, mas isso está sendo analisado pelo TRE, para quem quiser ver a verdadeira contagem de votos, tem essa tabela nesse link aqui:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbfm2NzqkDvJG9_0iQFQI9Af1VJeu7tD3aXn4x2yIyRLN-JQEp_CtH0RaQkA4DXuVUGN5xViuviij5Bi3CbMChdk2oSzf3zhIx0Y3QJ2mvxky5kzcZJohlikDHRGNOLiwTKOnL3hhBos5E/s1600-h/eleicaorjhs7.jpg


Segundo: Gabeira não foi uma onda, seu discurso é para ocultar o que foi a forma mais perigosa de fazer política (para os políticos tradicionais é claro) que se já se fez em uma campanha, o povo reconheceu no candidato do PV uma saída para o buraco sem fim onde políticos tradicionais clientelistas e fisiologistas como o candidato eleito tinham nos metido.
O medo que os políticos tradicionais como ele, que vivem de vender e comprar apoios políticos e fazer alianças até com pessoas pouco recomendáveis (vide os milicianos candidatos a vereador que estavam na sua festa da vitória), é que esse tipo de fazer política prevaleça arrasando com seus projetos de poder.
O discurso de Gabeira era difícil de ser entendido pelas pessoas mais humildes e é claro que isso foi usado contra ele, os folhetos apócrifos e a espionagem dentro do partido (depois das declarações que ele deu está na cara que sabotaram a campanha do Gabeira de dentro do PV) deram conta do resto.
Mas mesmo assim ele perdeu de pouco, frustrando muito mais pessoas do que as comemoraram a vitória do candidato eleito.

Terceiro: O candidato eleito tem memória curta, ele tem um processo de improbidade administrativa que está correndo na justiça, uma bela duma ficha suja, e a ele se juntam os onze processos abertos no TRE sobre crimes eleitorais cometidos nessa eleição.

Quanto a ser desonesto e incompetente realmente não temos ainda subsídios para denominá-lo assim, ainda, se ele se mantiver no cargo acho que teremos muitas oportunidades para usar esses termos para nos dirigir a pessoa dele e dos seus secretários.



O senhor é da Zona Sul?

Nasci na Casa de Saúde São José, no Humaitá. Morei no Jardim Botânico. Estudei no Colégio Santo Agostinho, no Leblon. Me formei em direito pela PUC, na Gávea. Com 16 anos fui morar em São Conrado, onde meus pais vivem até hoje. Quando virei subprefeito é que fui morar na Barra.

Alou suburbanos que caíram no conto do vigário, satisfeitos por serem usados como massa de manobra? Espero que estejam felizes porque só daqui a 4 anos é que verão a cara do sujeito de novo na sua área, o cara é tão covarde que nem colocou a cara dele nos outodoors que espalhou na cidade para eles não servirem para a prática de tiro ao alvo.

O senhor já freqüentou a Praia de Ipanema no Posto 9?

Quando era garoto, minha mãe me levava no Posto 10. Mas acho o Posto 9 ótimo. Você está perguntando se eu... (risos). Meu lugar de tomar chope é no Jobi ou no Bar 20. Já tomei muito café da manhã na padaria Lisboa. Madrugada na Pizzaria Guanabara. Esse fenômeno de Zona Sul foi uma coisa do segundo turno. No primeiro, teve muito voto útil. O bom é que o povo mais humilde da cidade compensou do outro lado.

Posto 9 para quem não sabe é o ponto da praia de Ipanema onde se reúne a fauna underground do bairro, a turma da erva, os gays, o point do barulho, ele caiu na armadilha e tarde demais tentou consertar.
Mas o pior do discurso dele foi continuar a manter a cidade partida, considerando os votos dos humildes (que a turma dele adora explorar) mais importantes que os da Zona Sul, fazendo a sutil manipulação de egos dos pobres para trazê-los para seu lado.


Por falar em outro lado, quais as áreas mais castigadas pela ausência de prefeito?

Zona Oeste, Barros Filho, Costa Barros, que têm o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade, Acari, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Jardim América, Parque Colúmbia, Fazenda Botafogo. É algo assustador. É preciso conhecer essas áreas, saber dos problemas.

Essa coisa de IDH ele pegou nos anuários do IBGE, há tempos que a prefeitura abandonou essas áreas por conta da violência, é o miolo da cidade, margeando a Avenida Brasil, uma área totalmente devastada pela miséria.

Quais são eles?

Tudo. É necessário resgatar os serviços públicos, investir em urbanização, políticas de qualificação profissional, coleta de lixo, iluminação das ruas. Vamos tratar essas áreas degradadas com muita atenção.

Essas regiões estão tão degradadas que deveriam ser consideradas prioridade, mas como ele fala as coisas de forma genérica é capaz de aqui a algum tempo só se lembrar mesmo da questão do índice de IDH.

O prefeito Cesar Maia se disse outro dia preocupado com o atraso nas obras da Cidade da Música. A inauguração pode ficar para o senhor...

Não, a placa eu vou deixar ele inaugurar.

Toma que o filho é teu, antigamente enchia a boca pra dizer que ele tinha sido o autor da idéia agora renega a sua criação.

O custo mensal será mesmo de cerca de R$ 1 milhão?

Acho que é mais. Com a experiência que tive gerindo o Maracanã, há despesas com pessoal, contrato de limpeza, de jardinagem, de segurança, conta de água, conta de luz. Pelos meus cálculos, chega perto de R$ 2 milhões por mês. Vamos tentar fazer a concessão, trabalhar com a parceria privada. Não seria algo que eu faria, mas foi feita e agora compete a nós fazer com que um equipamento em que a cidade colocou quase R$ 600 milhões funcione.

Ah, agora sabemos de onde vem sua "experiência administrativa".
Na subprefeitura da Barra ele só fez botar coisas abaixo para abrir caminho para as construtoras, não administrou nada.
Na secretaria de meio ambiente permitiu que os condomínios crescessem e jogassem seu esgoto nos canais da Barra, depois culpou as favelas e não fez mais nada.

Já no Maracanã ele aprendeu alguma coisa como administrar uma estrutura, então está explicado porque uma de suas promessas era trazer 12 grandes eventos pro ano pra cidade, ele vai administrá-la como uma cidade-espetáculo, mas peraí, o Maia já não fazia isso?

Já há parceria em vista?

Ainda não. Tive algumas conversas ainda no primeiro turno, vamos ver... Aliás, não é para fazer média, mas eu queria dizer aqui que o Jornal do Brasil fez, de longe, a melhor cobertura da eleição. Desde o início, o jornal abriu um espaço enorme, elogiou e criticou todos os candidatos. Foi imparcial.

Nesse ponto parece que ele resolveu acabar com a entrevista abruptamente, ainda faltavam algumas perguntas tais como a participação dele na criação da Cidade da Música, sobre o superfaturamento das obras do Pan e a preparação da cidade para Rio 2016, a prostituição.


A impressão que eu tive dessas duas reportagens é que ele ainda está tentando fazer sua imagem se fixar como a de um grande administrador, coisa que ele não tem estofo nem tempo de vida para ser, aliás como ele, o Governador Cabral sofre do mesmo mal, a precocidade política, eles pensam que o quanto antes chegarem ao poder mais tempo poderão governar, ledo engano, um político jovem, arrogante e ambicioso é um prato cheio para cair nas próprias armadilhas que ele vai deixando pelo caminho, os discursos oportunistas, as alianças escusas, os projetos engavetados, isso fica na memória das pessoas, e isso o eleitorado não perdoa

post fonte:www.circodejaneiro.blogspot.com

Uma nova indústria de multas vem chegando


O Futuro Secretário da Ordem Pública,não pára de lançar "factoides".A nova é que a GM,irá multar em R$50,00,quem jogar papel na rua.Seria realmente bom,que as pessoas fossem mais zelosas pela limpeza e não jogassem papel na rua.
Mas esperar que um código de conduta,policialesco,se estabeleça via multa,só irá criar mais uma indústria e mais um forma de criar dificuldades para vender facilidades ali na frente.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Justiça bloqueia bens de Álvaro Lins

Giampaolo Braga - Extra

RIO - A 15 Vara de Fazenda Pública determinou o seqüestro de bens do ex-deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins, preso desde agosto em Bangu 8. A decisão atende ao pedido de liminar de uma ação civil pública movida pelos promotores Anabelle Macedo Silva, Gláucia Santana e Rogério Pacheco, da Promotoria de Defesa da Cidadania. O processo corre em segredo de Justiça. Outro alvo da ação, o inspetor Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho, o Marinho - tesoureiro da campanha de Lins para deputado - também teve bens seqüestrados. Marinho também está em Bangu 8.

Segundo a decisão da juíza Alessandra Cristina Tufvesson, os bens adquiridos por Lins seriam incompatíveis com sua renda: "Entendo que a evolução patrimonial descrita na inicial justifica deferimento do requerimento liminar", afirma ela, referindo-se ao pedido de seqüestro. O MP tinha como objetivo impedir que os bens de Lins fossem vendidos:

Em outro trecho da decisão, a juíza mostra-se surpresa com a compra de um apartamento em Copacabana: "Impressionam, sobretudo, os indícios de que o Sr. Álvaro Lins teria falseado a aquisição do imóvel situado na Rua 5 de Julho".

O apartamento é citado no relatório do Ministério Público Federal sobre a Operação Segurança Pública S.A.. De acordo com o relatório, o apartamento foi adquirido por Lins, em 2005, por declarados R$ 590 mil. No entanto, o imóvel - que foi colocado em nome da avó da mulher do ex-deputado, Sissy Bullos - teria sido adquirido por R$ 950 mil.

Outros bens citados são: um apartamento no Grajaú, que Lins teria comprado à vista por R$ 107 mil, em 2001, e colocado em nome de sua mãe; um Toyota Fielder blindado, que custou R$ 114 mil, e uma Pajero TR4, blindada, comprada por R$ 121 mil.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A participação do PT na prefeitura do Rio


O prefeito eleito Eduardo Paes deu ao PT duas secretarias, com certeza, para agradar o presidente Lula, já que os votos que a legenda conseguiu na cidade do Rio de Janeiro só elegeram 3 vereadores e o candidato Molon teve menos de 5% dos votos válidos.

Surpresa mesmo, foi Eduardo Paes afirmar que os escolhidos pelo PT levaram em consideração o critério técnico.

Ora, o futuro secretário de Desenvolvimento Econômico indicado pelo deputado estadual Gilberto Palmares é o psicólogo Marcelo Costa, mestre em psicologia social.

Sou obrigado a concordar com um amigo meu, que diz, que por conta do tamanho da crise mundial, para lidar com os empresários no próximo ano, só um psicólogo, com um divã e muita disposição para ouvir queixas e lamúrias.


 

Fonte blog do Garotinho

Benedita perde dinheiro por falta de projeto


É triste ver que a secretaria estadual de Assistência Social se transformou em uma estrutura inoperante do governo do Estado. 

A situação chegou a tal ponto, que o ministro Edson Santos, amigo e “companheiro” de partido não teve outra alternativa a não ser oferecer a verba à prefeitura, porque Benedita passado quase um ano, não apresentou um único projeto para o uso da verba de R$ 1,7 milhão. 

No governo se fala que a na equipe de Bené tem gente demais para resultados de menos. São 5 subsecretários e 16 superintendentes só na estrutura direta, fora FIA e outros órgãos.

 

fonte do Blog do Garotinho

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eduardo Paes escolhe mais secretários.

Na manhã desta quarta-feira (12)  na Fundação Getúlio Vargas o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou mais um nome para compor sua equipe de governo. O engenheiro Sérgio Moreira Dias, autor do projeto Rio Orla e do plano para a  Vila do Pan, foi escolhido para ocupar a Secretaria de Urbanismo. Quando Paes ocupou a Secretaria municipal de Meio Ambiente, durante a gestão do atual prefeito, Cesar Maia, Dias participou do desenvolvimento do projeto Eco Orla.

O futuro secretário afirmou que a revitalização da Zona Portuária será uma das prioridades de sua gestão. Ele ressaltou que já existem vários projetos com esse objetivo, mas que nunca saíram do papel. 

"Temos condições de, a partir da revitalização da Zona Portuária, revitalizar também o Centro do Rio, que está em decadência. Existem exemplos fabulosos no mundo inteiro de transformações na Zona Portuária", disse Dias. 

Dias se posicionou favoravelmente às Apacs, pois, segundo ele, são instrumentos de preservação cultural e de controle do crescimento dos bairros. O futuro secretário fez uma analogia, e comparou a Zona Sul a uma sala de espetáculos em que a lotação já se encontra esgotada.

Outros secretários escolhidos
Na terça-feira (11), Eduardo Paes anunciou os nomes dos petistas Jorge Bittar, para a Secretaria de de Habitação, e Marcelo Costa, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.


 

Fonte Portal Sidney Rezende

O futuro criativo das indústrias Criativas do Rio De Janeiro e Estado

Sistema FIRJAN debate o futuro da Indústria Criativa

O Sistema FIRJAN comemorou a Semana da Indústria no dia 27 com uma série de eventos em apoio à expansão da Indústria Criativa. Personalidades nacionais e internacionais do setor, entre eles o consultor britânico Philip Dodd, debateram o tema durante o Fórum Rio Criativo. Em consenso, concluíram que o Rio de Janeiro precisa trabalhar mais o potencial que possui em relação a esse novo setor, que desperta atenção em todas as partes do mundo.

Estudo ainda inédito no Brasil, o Relatório "A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil" (arquivo PDF - 887 Kb), lançado ontem, mostra que o Estado do Rio de Janeiro lidera o setor no país.

O reconhecimento da importância de determinadas atividades com conteúdo intelectual, artístico e cultural que agregam valor a bens e serviços se deu no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, documento do Sistema FIRJAN que destacou a Indústria Criativa entre os segmentos âncora da economia fluminense. O Relatório é o ponto de partida para o Sistema FIRJAN exercer o papel de articulador entre os diversos elos da cadeia produtiva da Indústria Criativa.

Os vencedores dos concursos Curta Criativo e Desafio Criativo, destinados a alunos universitários de Comunicação Social; e das áreas de ambientes projetados e design de produto, respectivamente, foram anunciados e receberam prêmios no valor total de R$ 100 mil.

Também foi aberta ao público a Mostra Rio Criativo, no Museu de Belas Artes (MBA), que exporá, num espaço de 500 metros quadrados, até o dia 26 de junho, objetos de arte e produtos de grandes empresas numa retrospectiva que sintetiza conhecimento e criatividade, bases para o crescimento futuro.

A visão internacional

O consultor britânico de indústrias criativas Philip Dodd abriu o Fórum Rio Criativo com números impressionantes: a cultura gera um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 5 trilhões ao ano no mundo; 30% de todos os graduandos do Reino Unido estão indo trabalhar na Indústria Criativa; e a participação desse setor no PIB britânico já chega a 7,3%.

Para que o Estado do Rio também aproveite esse desenvolvimento, Dodd aconselhou competição em escala global e a procurar uma marca. "Vocês já têm uma vantagem muito grande, porque o Carnaval com certeza está entre a meia dúzia de eventos conhecidos mundialmente".

O consultor defende que o governo desempenhe um papel de facilitador e que não tente legislar sobre a economia criativa. "No momento em que se edita uma lei, o mundo já se moveu e ela não serve mais", afirmou. O papel das autoridades, segundo ele, é dar uma educação criativa às crianças, proteger a propriedade intelectual, ajudar a desenvolver pólos por atividade e se abrir à importação de talentos, sejam do próprio país ou estrangeiros.

"Se eu mandasse no Rio por um dia, juntaria dez pequenos negócios criativos e inovadores, mais filmes e músicas que representam a cidade, e faria um evento em cada grande cidade do mundo. Faria também um dia de portas abertas em todas as Indústrias Criativas, porque a população pode conhecer e se interessar em trabalhar nesse mercado".

Philip Dodd destacou o baixo custo de se desenvolver esse tipo de atividade. "Não é necessário capital para esse negócio. Um computador e alguns contatos bastam. Aluguel baixo também ajuda muito, o que tem um efeito regenerador. Quando os pequenos negócios criativos elegem uma área decadente da cidade, ela rapidamente se recupera", disse.

A ÁRVORE GENEALÓGICA POLÍTICA DE BRIZOLA NA PREFEITURA DO RIO!

1. Brizola, eleito governador, nomeia os prefeitos Jamil Hadad em 1983 e Marcello Alencar entre 1984 e 85. Era na época prerrogativa dos governadores. No retorno da eleição direta, Brizola lança e consegue eleger o senador do PDT, Saturnino Braga, prefeito do Rio em 1985.

             

2. Saturnino rompe com Brizola em 1988 e na eleição desse ano Brizola lança Marcello Alencar que vence a eleição. Após cumprir o mandato, Marcello Alencar rompe com Brizola.

             

3. Em 1991, o ex-secretário de fazenda de Brizola e deputado federal do PDT, Cesar Maia, é excluído pela bancada federal e tem que sair do partido. Candidato em 1992, vence a eleição para prefeito do Rio.

              

4. Não havendo na época reeleição, Cesar Maia lança seu secretário de urbanismo, Luiz Paulo Conde e vence a eleição. Em 1999, Conde rompe com Cesar Maia e tenta a reeleição, mas é derrotado exatamente pelo seu criador.

             

5. Cesar Maia, como prefeito, lança uma geração de jovens na política, especialmente nas subprefeituras e consegue eleger praticamente todos como vereadores. Entre eles Eduardo Paes, eleito depois duas vezes deputado federal com apoio de Cesar Maia. Esse, logo após a eleição de 2002, em que se candidatou na condição de secretário de meio ambiente de Cesar Maia, rompe com seu criador.

             

6. Finalmente, neste ano de 2008, Paes é eleito prefeito do Rio.

             

7. No topo da árvore genealógica política, Leonel Brizola, que desde 1983, diretamente ou através de seus secretários, vem elegendo os prefeitos do Rio, mesmo que eventualmente no momento da eleição não estivessem mais no partido de seus criadores.

 
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